Correio Braziliense
postado em 29/01/2020 04:06
Por meio de um comunicado enviado de Washington, onde participou do anúncio do plano de paz de Donald Trump para o Oriente Médio, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, indiciado por corrupção, desistiu ontem do pedido de imunidade apresentado ao Parlamento israelense. A solicitação foi retirada apenas uma hora antes do início da sessão que discutiria a questão. Não demorou muito para que o premiê fosse formalmente acusado pelo procurador-geral Avichai Mandleblit.“Mais tarde, desmentirei as acusações ridículas (...) formuladas contra mim”, ressaltou Netanyahu no comunicado. Candidato à reeleição em 2 de março, o chefe de Governo é acusado de corrupção em três casos. “No momento, não deixarei que meus adversários políticos utilizem isso para ofuscar o processo histórico que estou liderando”, disse, em referência ao plano de paz de Trump.
O pedido de imunidade havia sido fortemente criticado pelos meios de comunicação e tinha poucas chances de sucesso, uma vez que Netanyahu não dispõe de maioria no Parlamento.
No fim do ano passado, o premiê foi acusado, além de corrupção, por fraude e abuso de confiança em três investigações. A lei israelense determina que um ministro indiciado deve renunciar, mas isso não se aplica ao primeiro-ministro. Com isso, embora possa permanecer no cargo, Netanyahu não tem imunidade na Justiça.
O premiê, de 70 anos, nega as denúncias e se diz vítima de um “golpe de Estado” jurídico para encerrar sua carreira política, a mais longa da história de Israel. Ele está há quase 14 anos no poder, os últimos 10 sem interrupção.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.