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Primárias democratas e a eleição presidencial nos Estados Unidos

Com a primária democrata em Iowa começando na segunda-feira, as pesquisas continuam apertadas

Correio Braziliense
postado em 31/01/2020 10:20
As eleições ocorrerão em todos os 50 estados dos EUA, no distrito de Columbia e em cinco territórios dos EUA.O estado de Iowa dá, em 3 de fevereiro, o pontapé inicial das primárias democratas, de onde sairá o candidato que disputará as eleições de novembro com o presidente americano, o republicano Donald Trump.

Conheça mais sobre as próximas etapas:

'Caucuses' e primárias

Os eleitores democratas vão eleger seus candidatos em dois tipos de votação.

- Os 'caucuses', organizados em alguns poucos estados.

São assembleias de eleitores afiliados a um partido que se reúnem para ouvir os argumentos dos seguidores de cada candidato antes de tornar sua escolha pública.

Em Iowa e Nevada, os eleitores democratas se deslocam fisicamente em uma sala para formar grupos de seguidores de seus candidatos favoritos.

- As primárias, mais numerosas. Os eleitores votam de maneira mais tradicional, em uma eleição secreta.

Em cada estado, os candidatos que receberem mais de 15% dos votos ganham um número de "delegados" proporcional a seu desempenho.

Os delegados, elemento essencial da posse

O número de delegados é determinante, porque o candidato que tiver maioria (pelo menos 1991) é o que será designado, em uma convenção democrata em julho, para enfrentar Trump.

No total, durante as primárias, 3.979 delegados serão atribuídos aos candidatos em função de seu desempenho. Estes delegados serão obrigados a votar, no primeiro turno da convenção, em seu candidato.

Se nenhum obtiver maioria no primeiro turno, outros 770 delegados - conhecidos como "superdelegados" - vão entrar na disputa. São cargos eleitos e de personalidades do partido que podem votar em qualquer candidato.

Em 2016, os seguidores de Bernie Sanders acusaram o partido de favorecer aquela que consideravam como a candidata do "establishment", Hillary Clinton, depois que ela recebeu o apoio da maioria dos superdelegados.

Para evitar essas disputas, desta vez, o partido irá proibi-los de votar no primeiro turno, a não ser que um candidato já tenha a vitória assegurada.

Panorama mais claro em março

Iowa será o primeiro estado a votar nas primárias com seus "caucuses", em 3 de fevereiro.

Depois, virá uma série de votações em outros estados-chave, porque marcarão uma tendência: New Hampshire (11 de fevereiro), Nevada (22 de fevereiro) e Carolina do Sul (29 de fevereiro).

Na sequência, haverá uma enxurrada de votações na chamada Superterça, em 3 de março, em 15 estados e territórios.

Uma das principais mudanças este ano tem a ver com a Califórnia. O estado, que conta com muitos delegados na primária, decidiu antecipar sua votação para a Superterça. Antes, votavam bem mais tarde.

Cerca de 40% dos delegados terão sido designados após essa data, o que permitirá ter um panorama mais claro da corrida pela indicação democrata.

Após 28 de abril, os candidatos terão distribuído 90% dos delegados.

Os democratas farão três debates na televisão em fevereiro e, certamente, outros dois antes de abril.

Convenções

Levando-se em conta que as pesquisas dão uma estreita diferença entre os favoritos, não se pode descartar que se chegue sem um vencedor à convenção democrata. O evento acontece em Milwaukee, Wisconsin, entre 13 e 16 de julho.

O candidato democrata para disputar a Presidência dos EUA será designado nesta convenção, aconteça o que acontecer, após os turnos de votação que forem necessários.

Já os republicanos se reúnem de 24 a 27 de agosto em Charlotte, na Carolina do Norte, para sua convenção.

Embora dois pequenos candidatos queiram desafiar Trump nas primárias, não há dúvida de que o magnata nova-iorquino, oficialmente apoiado pelo partido e com uma grande popularidade entre os republicanos, será escolhido.

Eleições presidenciais

Há três debates previstos entre o candidato democrata indicado e Trump: 29 de setembro e 15 e 22 de outubro.

Em 3 de novembro de 2020, milhões de americanos vão às urnas.

O presidente americano é eleito por voto universal indireto, mediante 538 "grandes eleitores", que são cargos eleitos e dirigentes locais de seus partidos.

Um candidato deve obter a maioria absoluta (270 votos) para chegar à Casa Branca.

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