Londres, Reino Unido — Um ataque com faca, classificado como "terrorista", em uma rua comercial do sul de Londres deixou dois feridos, neste domingo (2/2), informou a polícia, que matou o agressor. O ato aconteceu dois meses depois do ataque com faca que deixou dois mortos na Ponte de Londres, em pleno centro da capital britânica, que levou o governo de Boris Johnson, conservador, a anunciar um endurecimento da legislação antiterrorista.
A agressão deste domingo aconteceu por volta das 14H00 (11H00 de Brasília) no bairro residencial de Streatham. Depois de informar que agentes abriram fogo contra um homem que "esfaqueou várias pessoas", a polícia indicou que duas pessoas ficaram feridas. "Esperamos atualizações sobre suas condições", afirmou a polícia no Twitter, em uma mensagem na qual também informou que o ataque foi "totalmente contido".
"Podemos confirmar que o homem no qual a polícia atirou por volta das 14h hoje em #Streatham High Road foi declarado morto", afirmou a força de segurança. "As circunstâncias estão sendo examinadas, o incidente foi declarado terrorista", completa a nota.
Thank you to all emergency services responding to the incident in Streatham, which the police have now declared as terrorism-related. My thoughts are with the injured and all those affected.
; Boris Johnson (@BorisJohnson)
No Twitter, o primeiro-ministro Boris Johnson agradeceu o trabalho dos serviços de emergência e mencionou "os feridos e os que se viram afetados". O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também agradeceu a polícia e os serviços de emergência. "Os terroristas querem nos dividir e destruir nosso estilo de vida. Em Londres, nunca deixaremos que consigam", escreveu em um comunicado.
Vídeos em rede social
Vídeos publicados nas redes sociais mostram supostas imagens do incidente, com policiais cercando um homem deitado no chão em Streatham High Road. Os agentes o retiram do local e pedem aos curiosos que se afastem da cena, enquanto vários veículos de emergência chegam ao local.
Gulled Bulhan, um estudante de 19 anos, declarou à agência britânica Press Association que viu o ataque. "Vi um homem com um facão e cilindros prateados no peito sendo perseguido pelo que, eu entendi, era um oficial de polícia disfarçado, pois estava à paisana", disse. "Então atiraram no homem. Acho que ouvi três tiros, mas não consigo lembrar bem", completou.
A capital inglesa foi cenário de vários ataques nos últimos anos. O mais recente aconteceu em 29 de novembro de 2019, quando um homem matou duas pessoas a facadas na Ponte de Londres, no centro da cidade. A polícia matou o agressor.
O autor do atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), Usman Khan, de 28 anos, havia passado um período detido por terrorismo, mas ganhou a liberdade depois de cumprir metade de sua condenação. Ele estava no local do ataque para participar em um programa de reabilitação para ex-detentos.
Desde então, o governo de Boris Johnson anunciou medidas para aumentar as penas dos condenados por atos terroristas e para proibir a liberdade antecipada. O projeto, que será examinado pelo Parlamento, prevê penas de pelo menos 14 anos por atos "terroristas".
Também prevê um aumento do orçamento para a luta contra o terrorismo em 2020/2021 e uma ajuda imediata de 500.000 libras adicionais (586.000 euros) para a unidade responsável por apoiar as vítimas de atentados.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.