Um homem atacou pedestres em uma rua comercial do sul de Londres, no início da tarde de ontem, num episódio classificado como “terrorista” pelas autoridades britânicas. Três pessoas ficaram feridas — uma delas está hospitalizada com quadro clínico considerado grave. O agressor foi morto pela polícia. Até a noite de ontem, nenhum grupo havia reivindicado a autoria do ataque.
No Twitter, o primeiro-ministro Boris Johnson agradeceu o trabalho dos serviços de emergência e mencionou “os feridos e os que se viram afetados”. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também cumprimentou a polícia. “Os terroristas querem nos dividir e destruir nosso estilo de vida. Em Londres, nunca deixaremos que consigam”, escreveu em um comunicado.
O ataque aconteceu por volta das 14h (11h de Brasília) no bairro residencial de Streatham. Chamou a atenção, sobretudo, a rapidez com que o homem agiu. Na televisão, a deputada Bell Ribeiro-Addy explicou que “a polícia vigiava (o agressor) há algum tempo”, reforçando a tese de uma ofensiva extremista.
Nos últimos anos, a capital inglesa foi cenário de vários ataques. O mais recente foi registrado em 29 de novembro do ano passado, quando um homem matou duas pessoas a facadas na Ponte de Londres, no centro da cidade. A polícia matou o agressor. O autor do atentado, assumido pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), Usman Khan, de 28 anos, havia passado um período detido por terrorismo, mas ganhou a liberdade depois de cumprir metade de sua condenação.
Desde então, o governo de Boris Johnson anunciou medidas para aumentar as penas dos condenados por atos terroristas e para proibir a liberdade antecipada. O projeto, que será examinado pelo Parlamento, prevê penas de pelo menos 14 anos por atos terroristas. Também prevê um aumento do orçamento para a luta contra o terrorismo em 2020/2021 e uma ajuda imediata de 500 mil libras adicionais (586 mil euros) para a unidade responsável por apoiar as vítimas de atentados.
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