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Começa primária democrata para eleger rival de Trump em novembro

Em Iowa, nos Estados Unidos, 11 candidatos brigam na corrida pelo representante democrata para a disputa presidencial de novembro

Correio Braziliense
postado em 03/02/2020 10:40
Com a primária democrata em Iowa começando nesta segunda-feira (03/2), as pesquisas continuam apertadas.Após vários meses de campanha, sete debates transmitidos pela televisão e muitas desistências, os democratas dão a largada nesta segunda-feira (3/2) em Iowa, em uma eleição primária carregada de suspense para eleger o rival de Donald Trump na disputa presidencial de novembro nos Estados Unidos.

Dos 11 candidatos ainda na corrida, quatro brigam efetivamente pelo primeiro lugar nas últimas pesquisas, neste estado do meio-oeste dos Estados Unidos.

O senador por Vermont Bernie Sanders, que se define como socialista, tem vantagem. Atrás dele, estão o ex-vice-presidente Joe Biden; o jovem ex-prefeito da cidade de South Bend, Indiana, Pete Buttigieg; e a senadora por Massachusetts Elizabeth Warren.

A senadora por Minesota Amy Klobuchar apenas recentemente deu um salto nas pesquisas.

A votação desta segunda-feira à noite não será com cédulas, mas nas assembleias de eleitores conhecidas como "caucus", que começam às 19h locais (22h em Brasília) em cerca de 1.700 instalações distribuídas em Iowa.

Há meses, tanto os candidatos quanto os eleitores convocam, sobretudo, que se escolha a melhor opção para derrotar Trump nas urnas em 3 de novembro.

À medida que se acerca a esperada absolvição do republicano, na quarta-feira, no julgamento político em curso no Senado, sua presença se torna cada vez maior em Iowa.

E o presidente não hesita em comentar a corrida de seus potenciais rivais, os quais com frequência ironiza.

"Tenho apelidos para cada um deles", disse Trump à cadena Fox News no domingo. Sanders? "Um comunista". Biden? "Joe, o dorminhoco". Em relação a Warren, ela não "sabe dizer a verdade".

Trampolim 

"Tudo começa em Iowa", lançou Sanders, de 78 anos, a seus partidários, reunidos em grande número.

Há quatro anos, o veterano senador por Vermont perdeu em Iowa para Hillary Clinton e, desta vez, espera que este estado rural e pouco povoado lhe sirva de trampolim.

Para isso, apoia-se nas minorias e nos jovens, "a geração mais progressista da história deste país", proclama.

"Saiam e batam às portas" para motivar os eleitores, convoca Sanders, insistindo que esta mobilização será chave para abrir uma vantagm em relação a Biden, de 77 anos.

"O mais importante é derrotar Donald Trump!", repete a senadora Warren, de 70 anos.

Àqueles que se preocupam com sua juventude, Buttigieg, de 38, cita Kennedy, Clinton e Obama. "Devemos ter o valor de esquecer as políticas do passado", afirma.

Já Biden propõe estabilidade e experiência para virar a página de Trump no país: "Precisamos de um presidente que esteja pronto desde o primeiro dia".

"Eu lhes prometo, se me apoiarem, que poremos fim ao odioso e divisivo reinado de Trump", lançou ele, diante de mais de 1.000 eleitores no domingo à noite em Des Moines, capital de Iowa.

Convencer os indecisos

O encerramento da campanha no fim de semana aconteceu em campo. Foi no corpo a corpo com o eleitor, com milhares de militantes indo de casa em casa, telefonando, ou espalhando cartazes, em meio a uma calor incomum para o início de fevereiro, mas que não chegou a derreter a neve.

O principal para os pré-candidatos é ter em Iowa um desempenho melhor do que o esperado, já que a surpresa pode dar um impulso na próxima etapa, em uma semana, em New Hampshire.

Mais da metade dos eleitores se mostrava indecisa na semana passada. Os veteranos do partido esperam, porém, uma mobilização superior à de 2008, quando Barack Obama alavancou em Iowa.

Convencer os indecisos: este é o objetivo das últimas horas.

Ontem à noite, dia da final do Super Bowl, Kim Robinson, de 67 anos, preferiu ir ouvir Klobuchar, de 59.

E expôs suas dúvidas. Decidiu que, enfim, não apoiará Biden, inclinando-se por Buttigieg. "Mas posso mudar para Amy Klobuchar", acrescenta com um sorriso.

"A única pergunta que me faço é: Quem ganhará de Donald Trump?"

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