O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu que os casos de transmissão do novo coronavírus entre pessoas que nunca estiveram na China podem ser apenas "a ponta do iceberg".
A OMS enviou nesta segunda-feira (10/2) uma missão internacional de especialistas à China para coordenar a resposta à epidemia do vírus, que infectou mais de 40 mil pessoas e matou 908 no gigante asiático.
"Registramos alguns casos preocupantes de propagação do #2019nCoV em pessoas sem histórico de viagens à China", escreveu Tedros no Twitter, usando o nome científico do vírus.
"A detecção de um pequeno número de casos pode indicar uma transmissão mais generalizada em outros países. Em resumo é possível que estejamos observando apenas a ponta do iceberg", acrescentou.
Tedros advertiu ainda que a extensão do vírus fora da China pode acelerar.
"A contenção continua sendo nosso objetivo, mas todos os países devem utilizar a janela de oportunidade criada pela estratégia de contenção para se preparar para a possível chegada do vírus", destacou.
Fora da China já foram registradas mais de 350 infecções em quase 30 países e territórios. Duas mortes aconteceram fora da China continental, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong.
Vários países fecharam as fronteiras a pessoas procedentes da China e as principais companhias aéreas do mundo suspenderam os voos ao país.
A missão da OMS na China é liderada por Bruce Aylward, um veterano em crises sanitárias que entre 2014 e 2016 supervisionou a resposta da organização ao vírus ebola no oeste da África.
A OMS reconheceu que recentemente ocorreu uma "certa estabilização" no número de novos casos de coronavírus, mas destacou que é muito cedo para saber se a epidemia chegou ao nível máximo.
O novo coronavírus surgiu na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, centro da China, onde milhões de pessoas estão confinadas em suas casas para evitar a propagação.
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