Correio Braziliense
postado em 11/02/2020 04:17
A menos de 24 horas das primárias de New Hampshire, consideradas cruciais para a escolha do adversário de Donald Trump nas eleições de novembro, fortaleceu a pré-candidatura de Bernie Sanders, de 78 anos. Impulsionado pelo bom resultado em Iowa, o senador independente superou pela primeira vez o ex-vice-presidente Joe Biden em uma pesquisa nacional sobre as primárias democratas. A sondagem da Universidade de Quinnipiac também registrou uma alta espetacular do milionário Michael Bloomberg.
Sanders obteve 25% da preferência, enquanto Biden contabilizou 17%. Os resultados marcam um “ponto de inflexão dramático na corrida”, segundo a Universidade de Quinnipiac. O ex-prefeito de Nova York está logo atrás deles. Bloomberg ficou 15%, um aumento notável em comparação com os 8% registrados na pesquisa realizada no fim de janeiro.
O avanço de Bloomberg é considerado ainda mais notável porque esse ex-republicano e ex-independente não fez campanha em Iowa nem em New Hampshire, os primeiros a realizarem as primárias de fevereiro. O milionário compensa essa ausência com uma publicidade forte, de financiamento próprio, nos estados que votarão nas primárias da “Super Terça”, em 3 de março, quando entra efetivamente na competição.
Na pesquisa da Universidade de Quinnipiac, aparece em quarto lugar a senadora progressista Elizabeth Warren (14%) e logo depois o jovem ex-prefeito Pete Buttigieg (10%), que aumentou sua popularidade desde o sucesso nas caóticas primárias de Iowa de 3 de fevereiro. Com uma estreita margem, Buttigieg venceu Sanders, apontado como favorito para as primárias de hoje em New Hampshire.
“Sem pesar Iowa ou New Hampshire, a sombra (de Bloomberg) flutua agora acima das primárias”, disse Tim Malloy, da Universidade de Quinnipiac. Em um possível duelo contra Donald Trump, todos os pré-candidatos democratas melhor classificados seriam vitoriosos, segundo a pesquisa.
Na melhor posição, estaria Bloomberg (51% contra 42% para Trump), seguido por Sanders (51% contra 43%) e Biden (50% contra 43%).
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