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Parlamento sírio reconhece genocídio armênio do inicio do século 20

O reconhecimento oficial da morte de 1,5 milhão de armênios se dá em um contexto de tensão entre Turquia e Síria

O Parlamento sírio reconheceu como "genocídio" oficialmente, nesta quinta-feira (13/2), a morte de 1,5 milhão de armênios entre 1915 e 1917 no âmbito de grandes tensões com a Turquia, após confrontos no noroeste da Síria.

Conforme a nota divulgada hoje, "o Parlamento (...) condenou e reconheceu o genocídio cometido contra os armênios e pelo Estado otomano no início do século 20".

O reconhecimento se dá em um contexto de tensão entre Turquia e Síria.

Na quarta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou atacar o governo sírio "em toda parte", em caso de novos ataques contra as forças turcas.

Desde o início de fevereiro, 14 soldados turcos morreram, e 45 ficaram feridos em ataques do governo Bashar al-Assad na região de Idlib, o último bastião na Síria controlado em parte por extremistas e rebeldes.

Segundo as estimativas, entre 1,2 milhão e 1,5 milhão de armênios morreram durante a Primeira Guerra Mundial, nas mãos do império otomano, então aliado da Alemanha e do império austro-húngaro.