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Boris Johnson vai ao Parlamento explicar férias luxuosas no Caribe

Primeiro-ministro britânico e a namorada gastaram cerca de US$19.500 durante o feriado de Ano Novo

Correio Braziliense
postado em 13/02/2020 20:51

Boris Johnson afirma que essas férias foram pagas pelo amigo e empresário David RossQuem pagou pelas luxuosas férias de fim de ano no Caribe do primeiro-ministro britânico? Boris Johnson foi convocado nesta quinta-feira (13) para dar explicações, sob a ameaça da oposição iniciar uma investigação parlamentar.


Após sua vitória nas eleições legislativas de dezembro, Boris Johnson e sua namorada, Carrie Symonds, passaram o feriado de Ano Novo, que custaria 15.000 libras (cerca de 19.500 dólares) na ilha particular de Mustique, destino favorito dos ricos e famosos em São Vicente e Granadinas, no Caribe.

Boris Johnson afirma que essas férias foram pagas por David Ross, um doador do Partido Conservador e co-fundador da distribuidora de telefones celulares Carphone Warehouse.

Como tem a obrigação de fazer, o primeiro-ministro conservador declarou esse convite generoso ao Parlamento, afirmando que havia aceitado um "alojamento de férias privado para minha namorada e para mim, no valor de 15.000 libras".

Segundo esta declaração, David Ross pagou por essas férias que duraram de 26 de dezembro a 5 de janeiro.

"Todos os requisitos de transparência foram respeitados", disse um porta-voz de Boris Johnson. 

Mas um porta-voz de David Ross garantiu à imprensa britânica que o empresário só havia ajudado o líder político a encontrar uma acomodação sem lhe fornecer dinheiro.

Dada a confusão gerada por essas explicações, o porta-voz disse mais tarde: "Ross forneceu uma acomodação para Johnson em Mustique estimada em 15.000 libras. Portanto, é uma contribuição em espécie de Ross para Johnson, e a declaração de Johnson na Câmara dos Comuns é correta".

Mas as declarações na quinta-feira não convenceram o principal grupo de oposição do primeiro-ministro, o Partido Trabalhista.

O partido escreveu ao comitê parlamentar sobre regras que exigiam uma investigação, argumentando que as perguntas permaneciam sem resposta.

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