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Argentinos denunciam abusos de padres à ONU e exigem desculpas da Igreja

O grupo solicitou uma audiência com o papa Francisco, mas ainda não obteve resposta

Um grupo de argentinos, vítimas de abuso sexual cometido por padres, viajou na sexta-feira (14/2) para a sede suíça da ONU para apresentar suas queixas à organização. Em seguida, embarcam para Roma, onde vão exigir um pedido de desculpas da Igreja Católica.

 

A delegação inclui advogados que apresentarão um relatório ao Comitê Contra a Tortura em Genebra e outro ao Comitê dos Direitos da Criança, informaram.

 

O grupo solicitou uma audiência com o papa Francisco, mas ainda não obteve resposta.

 

Um dos advogados, Daniel Esgardeli, explicou que "será solicitado um pedido de desculpas internacional e ações concretas contra esses casos". 

 

No documento, os denunciantes asseguram que as autoridades do Vaticano "não fizeram nada para impedir os abusos e não colaboraram amparando-se no segredo pontifício".

 

Os casos argentinos mencionados estão concentrados em duas sedes do Instituto Antonio Próvolo, uma instituição educacional e religiosa para surdos.

 

Em novembro, a justiça condenou o padre argentino Horacio Corbacho (de 59 anos) a 45 anos de prisão e o italiano Nicola Corradi (83) a 42 anos por abuso sexual e estupro de crianças no instituto Próvolo de Mendoza (oeste do país). 

 

Nos dois casos, foi considerado agravante o fato deles serem responsáveis pela custódia das crianças e ministros de culto, além do fato de as vítimas serem menores e de viverem com seus agressores no internato.