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Presidente ucraniano quer virar página do processo de impeachment de Trump

''Depois de toda essa novela sobre o 'impeachement', quero ir a Washington e escrever uma nova página em nossas relações'', disse Zelenski

Correio Braziliense
postado em 15/02/2020 18:32
''Depois de toda essa novela sobre o 'impeachement', quero ir a Washington e escrever uma nova página em nossas relações'', disse ZelenskiMunique, Alemanha -O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, no centro do processo de impeachment de seu homólogo americano Donald Trump, declarou neste que queria deixar para trás este escândalo, que, segundo a Ucrânia, deixou sequelas nas relações entre os dois países.

"Depois de toda essa novela sobre o 'impeachement', quero ir [a Washington] e escrever uma nova página em nossas relações", disse Zelenski na Conferência de Segurança de Munique (MSC). 

Embora os Estados Unidos ainda não tenham indicado uma data para a visita de Zelenski, este último convidou o presidente dos EUA para ir à Ucrânia. "Convido o presidente Trump para Kiev, estou disposto a recebê-lo antes que ele me receba", disse. 

Logo depois, o chefe da diplomacia ucraniana, Vadym Pristaiko, admitiu que este caso teve um impacto nas relações com Washington, cujo apoio é crucial para a Ucrânia contra a Rússia. 

A Rússia anexou a península da Crimeia em 2014 e é acusada de apoiar os separatistas pró-russos na guerra com as forças do governo no leste da Ucrânia.

Pristaiko mencionou especialmente a saída do enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Kurt Volker, que foi uma figura-chave nas discussões com a Rússia sobre o conflito na Ucrânia, mas renunciou em setembro após testemunhar no Congresso na investigação do impeachment e não foi substituído. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, foi alvo de um julgamento político iniciado pela Câmara dos Deputados, por abuso de poder em benefício próprio, mas no início de fevereiro ele foi absolvido pelo Senado, que tem maioria republicana. 

Ele foi acusado de usar a mídia estatal, especialmente congelando uma ajuda militar crucial para a Ucrânia, para tentar forçar esse país a "sujar" seu possível adversário na corrida presidencial, Joe Biden.

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