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Novo coronavírus leva a roubo de papel higiênico a mão armada em Hong Kong

Hong Kong foi atingida por uma onda de compras de pânico nos últimos dias, com as prateleiras dos supermercados frequentemente esvaziadas

Correio Braziliense
postado em 17/02/2020 09:19
Bens cruciais, como papel higiênico, desinfetante para as mãos, arroz e macarrão estão em falta nos supermercados apesar do governo afirmar que não há falta de produtos.A polícia de Hong Kong procurava, nesta segunda-feira (17/2), ladrões que roubaram centenas de rolos de papel higiênico a mão armada, em uma cidade onde os moradores correram às lojas para se abastecer com medo da escassez causada pelo novo coronavírus.

Há cerca de dez dias, encontrar papel higiênico se tornou difícil em Hong Kong, apesar de o governo assegurar que a epidemia de pneumonia viral não afeta o abastecimento.

Os supermercados não conseguem se abastecer tão rápido quanto a urgência da demanda e, às vezes, longas filas de clientes se formam antes da abertura dos estabelecimentos. Logo que uma mercadoria é descarregada, as prateleiras se esvaziam rapidamente.

Os consumidores correm atrás de arroz e massa, tanto quanto de produtos de limpeza e soluções hidroalcoólicas.

Segundo a polícia, três homens renderam um caminhoneiro nesta segunda de manhã na frente de um supermercado de Mong Kok, um dos bairros históricos das "tríadas" (máfias locais).

"Um distribuidor foi ameaçado por três homens armados com facas que roubaram pacotes de papel higiênico por mais de 1.000 dólares de Hong Kong (128 dólares)", declarou à AFP um porta-voz da polícia.

Nas imagens de vídeo da emissora Now TV, vê-se os investigadores da polícia ao redor de várias pacotes de papel higiênico na frente de um supermercado.

Uma histeria coletiva tomou conta dos habitantes de Hong Kong desde a aparição do novo coronavírus na China continental, ainda com a vívida lembrança do trauma vivido com a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Severa). Este outro coronavírus deixou 300 mortos no território semiautônomo em 2002 e em 2003.

Esta epidemia acontece no momento em que o governo local, pró-Pequim, sofre uma queda histórica da popularidade depois de meses de protestos em favor da democracia.

As autoridades criticam os rumores de escassez e asseguram que os abastecimentos de alimentos e produtos para o lar se mantêm em um nível constante.

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