Os ministros da Saúde dos países vizinhos à Itália se comprometeram nesta terça-feira (25) a manter as fronteiras abertas apesar do surto do novo coronavírus no país, informou o ministro italiano da Saúde, Roberto Speranza.
Os ministros consideram o fechamento de fronteiras algo "ineficaz e desproporcional", indicou Speranza, após reunião com seus homólogos da França, Suíça, Áustria, Eslovênia, Croácia, Alemanha e um representante da União Europeia.
Eles decidiram que "as modificações nas condições de viagem" dos italianos não serão aplicadas.
"Estamos falando de um vírus que não reconhece fronteiras. Nenhum país vai agir sozinho", afirmou Speranza.
Em um comunicado conjunto, os ministros e o representante da União Europeia prometeram "compartilhar e padronizar a informação para viajantes que retornarem ou forem para as áreas de risco".
Também irá aumentar o intercâmbio de informações médicas e epidemiológicas, bem como as medidas tomadas para lidar com o surto.
O ministro Speranza explicou que o cancelamento por parte da Itália de voos diretos com destino a ou saídos da China "reduziu bastante" a propagação do vírus, assim como a instalação de aparelhos térmicos nos principais aeroportos.
"As medidas tomadas foram muito rigorosas e sérias. Devemos evitar qualquer alarmismo", disse, após explicar que o cerco sanitário imposto a 11 cidades no norte do país foi decidido por um comitê científico.
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