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Mulher faz acordo para evitar processo por topless em casa

A mulher é acusada de atentado ao pudor ao fazer topless em casa na frente dos enteados

Correio Braziliense
postado em 26/02/2020 08:41
Mão segura um martelo de julgamento.Acusada por fazer topless em casa na frente dos enteados, uma americana chegou a um acordo judicial, na terça-feira (25/2), em Utah, para evitar ir a um julgamento que poderia levá-la ao banco de criminosos sexuais.

Tilli Buchanan "seguiu meu conselho de não (ir a julgamento), não porque não achasse que não poderia ganhar, mas porque existia a possibilidade de, se fôssemos a julgamento, poder ser condenada por um júri e entrar no registro", disse seu advogado, Randy Richards, à imprensa local.

Buchanan foi acusada de três crimes menores de atentado ao pudor, envolvendo um menino, depois que seus três enteados - com idades entre 9 e 13 anos - a viram nua da cintura para cima, enquanto fazia um trabalho na garagem com o marido.

O marido também sem camiseta, mas não foi indiciado.

O casal explicou que tirou as camisetas para não se sujar.

Tilli Buchanan foi acusada no início de 2019, depois que a mãe das crianças relatou o incidente à polícia.

Segundo documentos, Tilli argumentou que, se seu marido podia ficar sem camisa, não haveria motivos para que ela não fizesse o mesmo.

Os promotores discordaram, explicando que o conceito de indecência na sociedade americana contemporânea inclui que uma mulher mostre os seios.

No acordo, ela admitiu ter exposto os seios frente a um adulto, que seria o marido, causando "afronta ou alarme".

A acusação será retirada depois de um ano, desde que não cometa outro delito.

A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) em Utah, que esteve envolvida no caso, disse que as acusações contra Buchanan representavam um excesso da Procuradoria e que nunca deveriam ter chegado a este ponto.

"Quando falo com as pessoas sobre este caso, acho que ninguém tinha se dado conta de que poderia ser considerado crime andar sem camisa dentro da sua própria casa", disse a advogada da ACLU, Leah Farrell, ao jornal "The New York Times".

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