Correio Braziliense
postado em 26/02/2020 10:26

Diante da escassez de máscaras e produtos desinfetantes, muitos vendedores não autorizados oferecem produtos contrabandeados, em muitos casos de baixa qualidade ou ilegais.
A imprensa e as autoridades tornaram públicos vários casos, como empresas que falsificavam a marca das máscaras ou uma fraude que consistia em vendê-las, mas depois não entregá-las.
No total, as autoridades reprimiram 688 casos de venda de máscaras ou outros itens "inferiores" ou falsificados, disse Du Hangwei, vice-ministro de Segurança Pública.
No total, a polícia confiscou 31 milhões de máscaras e outros produtos falsificados no valor de 174 milhões de yuans (22,7 milhões de euros), informou Du em entrevista coletiva.
Pelo menos 22.000 suspeitos foram presos por crimes ou delitos relacionados à epidemia, disse, indicando que as autoridades também estão lutando contra o aumento dos preços por alguns vendedores oportunistas.
Alguns aproveitam a necessidade urgente de máscaras, desinfetantes e óculos para espalhar informações falsas na Internet e gerar fraudes, disse a polícia de Chengdu (sudoeste).
A polícia pediu à população que seja "racional" e só compre material de proteção através de canais autorizados.
As autoridades de Sichuan (sudoeste) indicaram que a venda de máscaras que não cumprem as normas de qualidade poderia constituir um crime.
"A sentença máxima é a prisão perpétua", alertaram, denunciando a venda ilegal de máscaras usadas.
Para responder à demanda cada vez mais forte, a China reforçou seu apoio a empresas capazes de transformar suas fábricas para produzir máscaras e outros artigos sanitários.
Mas a falta de trabalhadores, devido a medidas de quarentena e restrições de tráfego, complica a situação.
Du Hangwei também disse que 49 policiais e auxiliares "sacrificaram" suas vidas para combater a epidemia, sem dar mais detalhes.
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