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Tênis de mesa alivia sintomas do Parkinson

Correio Braziliense
postado em 28/02/2020 04:16
O exercício melhora a coordenação motora, aprimora os reflexos e estimula o cérebro


O pingue-pongue pode ser uma nova forma de fisioterapia para o Parkinson. Pessoas com a doença neurodegenerativa que participaram de um programa de exercícios do esporte uma vez por semana, durante seis meses, mostraram melhora nos sintomas, de acordo com um estudo preliminar que será apresentado na 72ª Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia em Toronto a partir de 25 de abril.

A doença de Parkinson é um distúrbio do movimento no qual uma substância química no cérebro chamada dopamina é gradualmente reduzida. Esse processo resulta em sintomas que pioram lentamente, incluindo tremores, membros rígidos, movimentos lentos, postura prejudicada, problemas de marcha, de equilíbrio e alterações na fala.

“O pingue-pongue, também chamado de tênis de mesa, é uma forma de exercício aeróbico que, na população em geral, melhora a coordenação olho-mão, aprimora os reflexos e estimula o cérebro”, diz o autor do estudo, Ken-ichi Inoue, da Universidade de Fukuoka, no Japão. “Queríamos examinar se as pessoas com doença de Parkinson teriam benefícios semelhantes que, por sua vez, podem reduzir alguns de seus sintomas.”

Resultados 

O estudo envolveu 12 pessoas com idade média de 73 anos e Par-kinson leve a moderada. Os pacientes haviam sido diagnosticados com a doença em média sete anos atrás. Eles jogaram pingue-pongue uma vez por semana, durante seis meses. Em cada sessão semanal de cinco horas, eles realizavam exercícios de alongamento seguidos dos de tênis de mesa, com instruções de um experiente jogador do esporte. O programa foi desenvolvido especificamente para pacientes Parkinson.

Os sintomas da doença, que haviam sido examinados antes do estudo, foram avaliados novamente após três meses e no fim da pesquisa. Os participantes foram beneficiados com melhorias significativas na fala, na caligrafia e nos atos de se vestir, sair da cama e caminhar. Também evoluíram em expressão facial, postura, rigidez, lentidão de movimentos e tremores nas mãos. “Embora esse estudo seja pequeno, os resultados são animadores. Um estudo muito maior está sendo planejado para confirmar essas descobertas”, diz Inoue.


6 meses
Foi o período que os voluntários jogaram, uma vez por semana, partidas de pingue-pongue sob a observação dos pesquisadores

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