Mundo

Revés na Justiça

Correio Braziliense
postado em 29/02/2020 04:06


Uma Corte federal na Califórnia suspendeu a controversa política migratória de Donald Trump conhecida como “Permaneça no México”, a qual forçou dezenas de milhares de migrantes a aguardarem no país vizinho a realização de audiências em tribunais dos EUA. A medida representa um golpe na agenda do republicano, que busca conter a migração na fronteira sul norte-americana. Mais de 470 mil pais e crianças entraram ilegalmente nos Estados Unidos, no último ano fiscal, e a maior parte foi devolvida ao México à espera dos procedimentos judiciais, depois de reclamarem asilo.

A Casa Branca alegava que as famílias dos não documentados exploravam lacunas na legislação dos EUA para garantir a libertação dos parentes. Segundo o jornal The Washington Post, o programa “Permaneça no México” foi desenhado para impedir famílias de entrarem em território norte-americano e de escaparem das audiências, a fim de evitarem deportação. Até o fechamento desta edição, Trump não tinha se pronunciado sobre a derrota na Justiça.

Redução
Em 12 de fevereiro, o México anunciou uma redução de 74,5% do fluxo migratório de imigrantes ilegais que cruzam a fronteira para os EUA, nos últimos oito meses. Entre janeiro e maio de 2019, a migração sem documentação regular disparou quase 150%, provocando uma reação furiosa de Trump, que ameaçou impor tarifas altas ao México se ele não interrompesse esses fluxos. No dia seguinte, o Pentágono anunciou que não comprará vários aviões caça F-35 e drones “Reaper” para destinar mais US$ 3,8 bilhões para o muro de segurança que Trump insiste em construir na fronteira sul.

Em junho passado, o México se comprometeu com os Estados Unidos a tomar “medidas sem precedentes” para conter a migração, um acordo que foi a tábua de salvação para impedir a tarifação de suas exportações — 80% das quais vão para os Estados Unidos.



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