Correio Braziliense
postado em 04/03/2020 04:06
A disseminação do coronavírus pela América do Sul ganhou novas proporções com a confirmação ontem dos primeiros casos na Argentina e no Chile. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, há dois casos e 488 suspeitos. Os Estados Unidos, por sua vez, confirmaram a nona morte em decorrência de complicações da infecção, sendo oito delas no condado de King, no estado de Washington (oeste), e uma no condado vizinho de Snohomish. Em todo o planeta, aos menos 77 países e territórios foram atingidos pelo coronavírus, identificado pela primeira vez na China, no fim do ano passado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), embora reconhecendo que a situação está ficando cada vez mais “complexa”, afirma que a contenção da doença ainda é possível em todos os países e não classifica o cenário atual como uma pandemia. “A queda tem sido consistente”, justificou diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Na segunda, o médico etíope afirmou que a maior preocupação da agência eram República da Coreia, Itália, Irã e Japão.
Tedros Adhanom destacou também que o coronavírus não pode ser tratado como uma gripe comum, porque não se transmite com a mesma eficiência e causa complicações mais severas do que a influenza. “Globalmente, 3,4% das pessoas com coronavírus morreram. Para efeito de comparação, a gripe sazonal geralmente mata menos de 1% dos infectados”, disse, acrescentando que apenas 1% dos casos não apresenta sintoma.
Ainda assim, o diretor-geral da OMS tem ressaltado que o enfrentamento da doença tem que ser uma preocupação global. “Estamos em território desconhecido (…) Mas a contenção da Covid-19 é viável e deve continuar sendo a principal prioridade de todos os países. Com medidas precoces e agressivas, os países podem parar a transmissão e salvar vidas”, afirmou.
Com a confirmação da doença, na Argentina, as autoridades ativaram um protocolo para a cidade de Buenos Aires.
Essas são medidas para informar a população e pedir aos que têm sintomas que se abstenham de ir aos hospitais e solicitem atendimento médico em casa. O primeiro caso no país é de um homem de 43 anos que havia voltado, no último domingo, de viagem da Itália e outras partes da Europa. No Chile, o primeiro paciente é um homem de 33 anos que esteve por cerca de um mês no sudeste da Ásia e voltou ao país em 25 de fevereiro.
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