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Itália reforça hospitais com 20 mil pessoas na luta contra coronavírus

Diante da urgência da situação, o decreto do governo prevê a possibilidade de recorrer a médicos aposentados

Correio Braziliense
postado em 07/03/2020 09:26
Diante da urgência da situação, o decreto do governo prevê a possibilidade de recorrer a médicos aposentadosgoverno italiano vai reforçar com 20.000 pessoas seus hospitais, entre médicos e enfermeiros, para fazer frente à epidemia do coronavírus que atinge a península, o país mais duramente afetado na Europa.

A medida, adotada durante o conselho de ministros que terminou na noite de sexta-feira, permitirá aumentar entre 5.000 e 7.500 o número de leitos e duplicar as vagas nos serviços de pneumologia e doenças infecciosas. Os 20.000 reforços são distribuídos entre 5.000 médicos especializados, 10.000 enfermeiros e 5.000 auxiliares.
 
Diante da urgência da situação, o decreto do governo prevê a possibilidade de recorrer a médicos aposentados. Essas medidas representam um orçamento de 1 bilhão de euros, que serão extraídos dos 7,5 bilhões destinados "a fazer frente às extraordinárias e urgentes necessidades causadas pela difusão da Covid-19", segundo um comunicado do governo.

Com 5.883 casos e 233 mortes, a Itália é o segundo país em número de mortes, atrás da China, da Coreia do Sul e do Irã. As 21 regiões italianas estão afetadas, mas o maior número de casos se concentra no norte. Há cerca de duas semanas, as autoridades decretaram uma "zona vermelha" que engloba 11 cidades e 50.000 habitantes, em quarentena.

O prazo habitual de quarentena é de 14 dias, o que significa que a decisão de prolongá-la deverá ser tomada em breve. Roma adotou uma série de medidas draconianas para conter a epidemia, incluindo o fechamento de colégios e de universidades até meados de março.

Os prefeitos de cada região também têm a autorização de demandar e ocupar quartos de hotéis, se necessário, para abrigar pessoas postas em quarentena. As empresas que produzem máscaras de proteção e outros equipamentos para a prevenção do contágio poderão receber até 50 milhões de euros em ajudas excepcionais, conforme o mesmo decreto.

No âmbito judicial, os tribunais poderão limitar o acesso ao público e a seu pessoal até 31 de maio. Os juízes poderão realizar audiências e julgamentos a portas fechadas e até videoconferências. A taxa de mortalidade do coronavírus na Itália é de 4,25%, em comparação com 3,8% da China, e 0,68%, na Coreia do Sul.

A população italiana tem uma média de idade mais elevada do que a China (44,3 anos em comparação com 37,4 anos), lembrou na sexta-feira (6) o presidente do Instituto Superior da Saúde, Silvio Brusaferro, diante do grande percentual de pessoas idosas, com outras doenças, que morrem após contrair a pneumonia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), que enviou uma missão para o país, recomendou na sexta-feira "a manutenção de um forte dispositivo" para combater a propagação do vírus.
 

Saiba Mais

Diante da urgência da situação, o decreto do governo prevê a possibilidade de recorrer a médicos aposentados. Essas medidas representam um orçamento de 1 bilhão de euros, que serão extraídos dos 7,5 bilhões destinados "a fazer frente às extraordinárias e urgentes necessidades causadas pela difusão da Covid-19", segundo comunicado do governo. Com 4.636 casos e 197 mortes, a Itália é o segundo país em número de mortes, atrás da China.

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