Correio Braziliense
postado em 15/03/2020 04:16
Em uma nova etapa do trabalho, os pesquisadores dinamarqueses estão investigando se ouvir batimentos binaurais ou praticar a atenção plena por um período mais longo pode melhorar a variabilidade da frequência cardíaca de pessoas estressadas, e se essas medidas também podem afetar o desempenho em tarefas cognitivas específicas. A equipe pretende ainda se aprofundar nos efeitos positivos relatados recentemente no Journal of Cognitive Enhancement. Eles querem investigar minuciosamente como o cérebro de quem pratica meditação age no combate à fadiga mental.
Fábio Henrique Corrêa, psiquiatra do Instituto Castro e Santos (ICS), em Brasília, acredita que a pesquisa mostra resultados interessantes, que podem ser ainda mais ricos caso os cientistas ampliem as alternativas testadas. “Esse estudo confirma suspeitas de que técnicas alternativas — uma que já foi comprovada cientificamente como eficaz para a concentração, a meditação, e outra ainda pouco utilizada — podem render resultados positivos para evitar a fadiga mental. Isso abre portas para que essas análises sejam feitas com outras atividades, como acupuntura, ioga e os exercícios físicos em geral”, enumera.
Para Corrêa, uma boa estratégia seria realizar medições comparativas. “Seria muito interessante saber se os efeitos da meditação são maiores ou menores que os das atividades físicas, por exemplo”, indica o médico. “Esse tipo de informação pode ajudar também na orientação que fazemos aos nossos pacientes e durante a psicoterapia, com opções que possam ser usadas na vida diária das pessoas.” (VS)
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