Correio Braziliense
postado em 16/03/2020 06:08
Um mundo sem robôs é quase inconcebível. Eles não apenas assumem tarefas importantes nos processos de produção, como também estão sendo cada vez mais utilizados no setor de serviços. Por exemplo, máquinas criadas para se parecer com seres humanos — conhecidas como androides — ajudam a cuidar de idosos. Muitas pessoas acreditam que os mais velhos são hostis à tecnologia e seriam céticos em relação a um robô. Um estudo realizado por psicólogos da Universidade Friedrich Schiller de Jena, Alemanha, sugere, no entanto, que isso não seja verdade.
Na pesquisa, os cientistas mostraram vídeos de vários robôs para 30 participantes com idade entre 70 anos, e 30 voluntários na faixa dos 20 anos. Todos foram convidados a avaliar se acharam o robô amigável ou ameaçador, se poderiam imaginá-lo como um companheiro diário. “Nos testes, os participantes mais velhos fizeram uma avaliação claramente positiva das máquinas, e foram ainda mais abertos a eles do que o grupo de comparação mais jovem”, diz o professor Stefan Schweinberger, da Universidade de Jena. “Nos participantes mais velhos, não conseguimos confirmar um ceticismo em relação aos robôs, o que é frequentemente assumido na ciência.”
Embora tenha sido uma série relativamente pequena de testes, dois estudos ainda não publicados, realizados em Jena, chegaram ao mesmo resultado. O fator decisivo foi o aspecto humano das máquinas; por exemplo, se elas tinham expressões faciais, braços e pernas, e quão humanas elas pareciam ser. As novas descobertas talvez possam ajudar no projeto de robôs de serviço, acreditam os pesquisadores.
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