Mundo

Crise por expulsão de jornalistas



O chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, pediu a Pequim, ontem, que reconsidere suas expulsões de jornalistas americanos, observando que a China se beneficia da mídia livre em meio à crise global da saúde causada pelo novo coronavírus.

“Lamento, hoje, a decisão da China de impedir que a imprensa mundial funcione livremente, o que seria francamente bom para o povo chinês nestes tempos globais de desafios incríveis, onde mais informações e mais transparência é o que salvará vidas”, afirmou Pompeo em coletiva de imprensa.

“Isso é lamentável”, disse o secretário de Estado. “Espero que eles reconsiderem (essa decisão)”, acrescentou Pompeo, para quem a medida “impede o mundo de saber o que realmente está acontecendo no país”.

As autoridades chinesas anunciaram, ontem, que jornalistas americanos do New York Times, Washington Post e Wall Street Journal devem devolver suas credenciais de imprensa dentro de duas semanas, o que equivale a uma expulsão de fato.

Segundo a diplomacia chinesa, trata-se de uma resposta à decisão “escandalosa” de Washington de reduzir drasticamente o número de cidadãos do país autorizados a trabalhar para cinco meios de comunicação de Pequim nos Estados Unidos.

“Não é o mesmo”, protestou Pompeo. “As pessoas que identificamos há algumas semanas eram membros das organizações de propaganda chinesas”, argumentou o chefe da diplomacia dos EUA, acrescentando que esses profissionais não desfrutam da liberdade de imprensa em seu país.