OMS: Wuhan é "esperança" para países

Correio Braziliense

postado em 21/03/2020 04:34

Wuhan, a cidade que foi o epicentro da epidemia de Covid-19, não registra mais casos de origem local da infecção e é considerada uma “esperança” para o mundo, declarou, ontem, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Wuhan dá esperança ao resto do mundo, mostrando que mesmo a situação mais grave é reversível”, justificou.

Ontem foi o segundo dia consecutivo em que a China não registrou nenhuma nova contaminação local, embora o número de casos importados tenha atingido um recorde: 39. A Itália enfrenta a situação mais crítica e, agora, está à frente da China, com 41.035 casos e 3.405 mortes.

Com a situação a cada dia melhor na China, o país asiático tem enviado especialistas no combate à Covid-19 a outras nações que, agora, enfrentam o auge da contaminação. Pequim mandou duas equipes médicas à Itália em um ato de solidariedade com o primeiro sócio comunitário no colossal projeto “Um Cinturão, uma Rota”, também conhecido como “Nova Rota da Seda”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse essa semana no Twitter que a China enviará dois milhões de máscaras para a Europa e manifestou seu agradecimento ao primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. Pequim também enviou itens médicos à Sérvia essa semana, após um pedido de ajuda.

Alerta
A doença é particularmente perigosa para os idosos e para pessoas com patologias graves, mas a OMS tem alertado aos jovens que eles também são vulneráveis. “Hoje, tenho uma mensagem para os jovens: vocês não são invencíveis. Esse vírus pode levá-los ao hospital por semanas, e até matá-los”, reforçou Ghebreyesus. “Mesmo que não fiquem doentes, as escolhas que fazem podem ser uma questão de vida ou morte para outra pessoa”, acrescentou.

Mais de 246.440 casos de infecção foram detectados em 161 países e territórios desde o surgimento do novo coronavírus, em dezembro do ano passado. No total, a pandemia matou pelo menos 11 mil pessoas em todo o mundo. Mais da metade dos óbitos (5.168) ocorreu na Europa, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse, com base em números de fontes oficiais.