Correio Braziliense
postado em 23/03/2020 04:27
O Comitê Olímpico Internacional (COI) terá quatro semanas para tomar uma decisão sobre os Jogos de Tóquio-2020 e cogita um possível adiamento. O cancelamento do evento é descartado, segundo presidente da entidade, o alemão Thomas Bach. “Iniciamos conversas com todos os sócios para estabelecer um balanço rápido do desenvolvimento da situação sanitária e seu impacto nos Jogos Olímpicos, incluindo um cenário de adiamento”, escreveu Bach, em carta aos atletas, após uma reunião extraordinária da comissão executiva do COI realizada ontem. Segundo o texto, o cancelamento “destruiria o sonho olímpico de 11 mil atletas de 210 comitês nacionais olímpicos, da equipe de refugiados e dos atletas paralímpicos”. Por isso, “não está na agenda”. Nos últimos dias, grandes eventos esportivos anunciaram mudanças nas datas, como a Eurocopa-2020 e a Copa América-2020 de futebol, agora previstos para o ano que vem.
Registrados primeiros casos na Faixa de Gaza
Dois primeiros casos de infecção pelo novo coronavírus foram registrados na Faixa de Gaza, intensificando a preocupação das Nações Unidas. O enclave palestino quase isolado do mundo está superlotado e tem infraestrutura precária, o que pode facilitar a propagação do micro-organismo. São 2 milhões de pessoas vivendo em uma estreita faixa de terra entre Israel, Egito e o Mar Mediterrâneo. Os dois palestinos infectados, de 30 e 40 anos, voltaram do Paquistão e foram isolados em um centro de quarentena localizado próximo à fronteira com o Egito, segundo o Ministério da Saúde. O Hamas, que controla o enclave desde 2007, constrói um centro com mil quartos de isolamento no sul da Faixa de Gaza. No momento, o enclave dispõe somente de 60 leitos para cuidados intensivos, e sofre de falta de equipe qualificada.
Ásia sofre segunda onda de infecções
Uma segunda onda de infecções acomete países da Ásia, o que tem levado autoridades da saúde a retomarem medidas mais críticas de prevenção. O problema se deve principalmente ao retorno de pessoas do exterior. Em Hong Kong, onde parecia que o pior havia passado, o número de infectados quase dobrou na semana passada. A Tailândia registrou um aumento repentino ontem, 188 novos casos, levantando dúvidas sobre os números relatados pelos vizinhos Mianmar e Laos, que não confirmaram registros. Na tentativa de conter a segunda onda de infecções, Singapura proibiu a entrada de visitantes de curta estadia. A Malásia, por sua vez, colocou o Exército nas ruas para impor o confinamento da população. O continente contabiliza mais de 95 mil casos, o equivalente a um terço do número total de infecções por Covid-19 no mundo.
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