Correio Braziliense
postado em 24/03/2020 04:05
Um novo teste rápido para detecção da Covid-19 estará disponível nos Estados Unidos na próxima semana. Desenvolvido pela Cepheid, empresa de diagnóstico molecular, ele foi avaliado por uma equipe da Universidade de Rutgers, que aprovou a eficácia do produto.
De acordo com David Alland, diretor do Instituto de Saúde Pública da Rutgers New Jersey Medical School, o teste foi capaz de identificar quantidades extremamente pequenas de material genético do vírus Sars-CoV-2. “Quando repetimos esse teste usando vírus vivos, também conseguimos identificar níveis muito baixos. Isso sugere fortemente que o teste será altamente eficaz na identificação de casos da Covid-19”, conta.
Alland explica que, atualmente, os testes são enviados para um laboratório, e os resultados podem levar de um a cinco dias. O novo fará o diagnóstico em 45 minutos. “Ele será um divisor de águas para decisões médicas cruciais, incluindo a triagem de pacientes, quando isolar e como tratar. Além disso, como o mundo continuará a precisar gerenciar a Covid-19 nos próximos anos, a capacidade potencial desse teste para ser usado em consultórios médicos, clínicas e até em unidades móveis pode ajudar a detectar novos pequenos surtos de doenças antes de os grandes surtos de escala reaparecem.”
Brasil
No Brasil, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão desenvolvendo um novo teste para detectar anticorpos em pacientes com suspeita de Covid-19 de forma mais simples, rápida e quatro vezes mais barata que o método de PCR.
Segundo a professora Leda Castilho, o teste tem como objetivo detectar os anticorpos anticoronavírus no sangue. “Quando a pessoa é infectada pelo vírus, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos contra ele, na tentativa de neutralizá-lo. Alguns tipos de anticorpos são detectáveis já uma semana após o contágio, enquanto outros levam quase duas semanas para serem produzidos e permanecem por muito tempo”, explica. “A proposta é detectar os dois tipos de anticorpos, possibilitando determinar tanto se uma pessoa com sintomas respiratórios é positiva para Covid-19, quanto, por exemplo, mapear pessoas que já tenham sido infectadas anteriormente, mesmo que não tenham tido sintomas”, diz a pesquisadora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ. (PO)
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