Correio Braziliense
postado em 24/03/2020 12:53
Quito, Equador - A pandemia do coronavírus se espalhou até as ilhas Galápagos, Patrimônio Natural da Humanidade, onde já são registrados quatro casos, informou nesta terça-feira (24) o presidente do Conselho de Governo deste arquipélago equatoriano, Norman Wray.Na segunda-feira "recebemos os resultados dos testes para estabelecer o fato de que tínhamos suspeitas em relação ao positivo de quatro cidadãos nas ilhas Galápagos", afirmou o funcionário ao canal estatal EcuadorTV.
Os quatro infectados, detectados nas ilhas de Santa Cruz (dois) e São Cristóvão (dois), são residentes permanentes e estiveram anteriormente no porto de Guayaquil, no continente e o mais afetado do Equador pela COVID-19 com 526 dos 981 casos relatados.
Galápagos, a 1.000 km da costa e com 31.600 habitantes, tem uma infraestrutura de saúde limitada, portanto, tomaram medidas mais rigorosas diante da presença do vírus no país, como o toque de recolher de 13 horas por dia.
O Equador ordenou há uma semana "a restrição completa da entrada de visitantes" nessa província, que possui flora e fauna únicas no mundo e que em 2019 alcançou 271.238 pessoas, em sua maioria estrangeiras.
Galápagos, que também faz parte da reserva mundial da biosfera, é uma das principais atrações turísticas do país, especialmente dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Austrália, França, Holanda, Espanha e Suíça.
Sem informar números, Wray observou que "ainda temos um número significativo de pessoas que vieram visitar Galápagos há mais de 14 dias e que não foram capazes de sair". "Temos nacionais e estrangeiros", acrescentou.
Diante da pandemia, o governo equatoriano manteve o estado de exceção, toques de recolher, suspensão do trabalho presencial e das aulas, confinamento de pessoas, restrição de veículos, fechamento de fronteiras e proibição de todos os voos, autorizando apenas os humanitários.
Depois de cumprir os protocolos de saúde, os visitantes serão enviados para o continente, informou a autoridade. Galápagos, que tem esse nome por conta das tartarugas gigantes que vivem lá, inspirou a teoria da evolução do naturalista inglês Charles Darwin.
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