Mundo

Escassez de equipamentos de proteção é "ameaça iminente", alerta OMS

"Quando o pessoal da saúde está exposto ao risco, todos nós estamos expostos ao risco", afirmou o diretor geral da Organização Mundial da Saúde

Correio Braziliense
postado em 27/03/2020 16:02
Genebra, Suíça - A falta de equipamentos de proteção para o pessoal de saúde no mundo representa uma "ameaça iminente" na luta contra a pandemia do COVID-19, alertou o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira. 

"A escassez crônica mundial de equipamentos de proteção individual é agora uma das ameaças mais iminentes à nossa capacidade coletiva de salvar vidas", afirmou o chefe-executivo da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista telemática em Genebra. 

"Quando o pessoal da saúde está exposto ao risco, todos nós estamos expostos ao risco", afirmou.

A OMS já enviou dois milhões de equipamentos de proteção para 74 países que solicitaram com urgência. 

"Estamos nos preparando para enviar as mesmas quantidades para mais 60 países. Mas as necessidades são muito maiores. Esse problema só pode ser resolvido pela cooperação e solidariedade internacionais", disse Tedros, enfatizando que as equipes médicas dos países pobres "merecem a mesma proteção do que as dos países ricos". 

Os líderes do G-20 se reuniram on-line na quinta-feira e Tedros pediu a eles que mobilizassem "seu poder industrial e inovador" para produzir e distribuir os materiais necessários para estrangular a pandemia. 

"Também temos que fazer uma promessa às gerações futuras: 'nunca mais isso'", disse ele, estimando que o planeta está no "início da luta", com mais de meio milhão de pessoas infectadas e mais de 25.000 mortos. 

Saiba Mais

Ele também pediu aos países que continuem testando a população o máximo possível e que operem em coordenação para responder à "necessidade urgente" de encontrar tratamentos enquanto aguardam uma vacina que, segundo ele, estará disponível daqui "12 a 18 meses". 

Em mensagem pelo Twitter, a OMS afirmou nesta sexta-feira que será necessário esperar "no mínimo 18 meses" antes de ver a vacina no mercado e condenou o uso de "drogas que não demonstraram ser eficazes no tratamento" de pneumonia causada por Covid-19.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags