Anthony Fauci, especialista em doenças infecciosas e conselheiro do presidente Donald Trump para a pandemia do novo coronavírus, afirmou neste domingo que entre 100 mil e 200 mil pessoas podem morrer nos Estados Unidos vítimas da Covid-19.
"Em função do que vemos hoje, diria que entre 100 mil e 200 mil", afirmou o doutor Fauci ao canal CNN sobre o possível número de mortes. Ele também citou "milhões de possíveis casos".
Cauteloso, o diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas recordou, no entanto, que os modelos sempre são baseados em diferentes hipóteses.
"Apresentam o pior e o melhor cenário. E geralmente a realidade fica em algum ponto intermediário", explicou.
"Entre as doenças com as quais já trabalhei, nunca vi um modelo em que aconteça o pior dos casos. Sempre são superestimadas", completou.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, cujo balanço é usado como referência, até o momento os Estados Unidos registram quase 125 mil casos positivos do novo coronavírus, o maior número no mundo para apenas um país.
O número de mortes, 2.191, quase dobrou desde quarta-feira.
De acordo com as projeções da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, o pico da epidemia acontecerá em meados de abril nos Estados Unidos, com um número de mortes que pode se aproximar de 80.000 a partir de junho, seguindo a trajetória atual.
De acordo com este modelo, o número vai do mínimo de 38 mil mortes ao máximo de 162 mil.
Em comparação, a gripe matou 34 mil pessoas no país durante a epidemia de 2018-2019.
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