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Exército de Israel em plena luta contra o coronavírus

O exército adaptou sua produção e ao invés de construir tanques passaram a produzir peças de proteção contra o Covid-19

Correio Braziliense
postado em 03/04/2020 09:38
O exército de Israel se juntou aos civis na produção de material para o combate ao coronavírusCamas de hospital, ambulâncias adaptadas e centros de diagnóstico improvisados. O exército participa ativamente na luta contra a pandemia de Covid-19 em Israel, que registrou mais de 6.800 casos e 31 mortes até o momento.

Em uma base perto de Tel Aviv (oeste) onde normalmente são construídos tanques do exército, dezenas de pessoas passaram a trabalham na produção de óculos de proteção contra o novo coronavírus.

Graças à mão de obra a sua disposição, o exército "adaptou rapidamente sua produção" em um período de crise de saúde, explicou à AFP o tenente-coronel Hagai Zamir, responsável pela fábrica onde as máscaras de plástico e borracha são cortadas, costuradas e montadas.

Atualmente, o centro, onde são construídos os famosos tanques Merkava, fabrica milhares de peças de proteção por dia.

"Mas não é suficiente", afirma Emanuel Guedj, tenente-coronel responsável pela Engenharia Militar, ao explicar que os visores serão distribuídos entre soldados e os civis.

Soldados, oficiais, engenheiros e civis também trabalham na adaptação de ambulâncias, instalando paredes de plástico para separar o paciente do motorista ou transformando grandes contêineres em salas de detecção do vírus.

Em tempo recorde, o exército também desenvolveu um robô com capacidade de desinfetar grandes superfícies, disse Guedj à AFP.

"A vantagem do exército é que sabe como reagir a uma emergência", destacou. "Apresenta soluções em guerras nas quais vemos o inimigo, mas também em guerras onde o inimigo é invisível", completou.

"É necessário encarar isto como uma guerra. E o papel do exército é ganhar esta guerra", disse.

O comandante do Estado-Maior, Aviv Kochavi, foi colocado em quarentena preventiva, assim como o chefe do Mossad, o serviço de inteligência israelense, Yossi Cohen, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Nenhum deles apresentou resultado positivo para Covid-19.

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