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Igreja Católica da Colômbia afasta 15 padres denunciados por abuso sexual

Os religiosos que foram suspensos pertencem à Arquidiocese de Villavicencio e o caso está nas mãos da Justiça, indicou um porta-voz religioso nesta sexta-feira

Correio Braziliense
postado em 03/04/2020 19:37

Os religiosos que foram suspensos pertencem à Arquidiocese de Villavicencio e o caso está nas mãos da Justiça, indicou um porta-voz religioso nesta sexta-feiraA Igreja Católica da Colômbia encontra-se envolvida em um escândalo às vésperas da Semana Santa, após afastar 15 padres denunciados por abuso sexual.

 

Os religiosos que foram suspensos pertencem à Arquidiocese de Villavicencio e o caso está nas mãos da Justiça, indicou um porta-voz religioso nesta sexta-feira.

 

"Foram suspensos 15 padres da arquidiocese como medida cautelar, porque estão em processo de investigação", disse à AFP Carlos Villabón, porta-voz da jurisdição religiosa.

 

Os padres foram denunciados em fevereiro por um colombiano adulto, por "atos contrários à moral sexual".

 

"Seguindo o protocolo da Comissão Arquidiocesana de Proteção de Menores, a queixa foi informada ao Ministério Público, e nos colocamos em disponibilidade total para colaborar com as investigações", assinalou a Arquidiocese de Villavicencio.

 

- Suposta rede de abuso -

O jornalista Juan Pablo Barrientos, autor de um livro sobre pederastia e acobertamento no clero colombiano, afirmou à AFP que o escândalo envolve mais religiosos: 15 de Villavicencio e quatro de outras dioceses. Ele disse ter tomado conhecimento, por fontes judiciais e eclesiásticas, de que os padres fazem parte de uma rede de abuso sexual.

 

Os 19 envolvidos foram punidos pela Igreja e estão sob investigação judicial. Autoridades eclesiásticas só confirmaram a sanção contra 15 padres.

 

"O denunciante é uma fonte protegida do Ministério Público. Está ameaçado e corre risco de vida", acrescentou o jornalista.

 

O órgão investigador não se pronunciou sobre o expediente, motivo pelo qual se desconhece se o colombiano é uma vítima dos padres ou possui informações sobre a suposta rede.

 

Em sua mensagem, a arquidiocese sugere que se trata de uma pessoa diretamente agredida: "Expressamos a ele nossa profunda dor e solidariedade, e lhe oferecemos acompanhamento psico-espiritual."

 

Em março de 2019, o arcebispo de Bogotá, monsenhor Rubén Salazar, reconheceu que a Igreja tem conhecimento de mais de 100 casos de abuso sexual na Colômbia. 

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