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Suécia rejeita críticas por resposta ao novo coronavírus

Diferentemente de outros países europeus, a Suécia não decretou confinamento e se limitou a fazer recomendações aos seus cidadãos para que cada um ''assuma sua responsabilidade'' e sigam as ordens

Correio Braziliense
postado em 03/04/2020 19:44

Diferentemente de outros países europeus, a Suécia não decretou confinamento e se limitou a fazer recomendações aos seus cidadãos para que cada um ''assuma sua responsabilidade'' e sigam as ordensA Suécia rejeitou as críticas por sua resposta, considerada pouco efetiva, diante do surto do novo coronavírus, que já tem 6.000 casos e 333 mortos no país. 

 

"Não, não é uma situação normal na Suécia", disse a ministra da Saúde, Lena Hallengren, à imprensa internacional esta semana. 

 

A Suécia, com um dos sistemas de bem-estar social mais elogiados do mundo, tem sido acusada nas últimas semanas, tanto fora como dentro do país, de colocar em risco a vida dos seus cidadãos por não tomar medidas mais contundentes para frear a propagação da COVID-19.

 

Diferentemente de outros países europeus, a Suécia não decretou confinamento e se limitou a fazer recomendações aos seus cidadãos para que cada um "assuma sua responsabilidade" e sigam as ordens. 

 

Hallengren, que se reuniu com a imprensa internacional junto à vice-primeira-ministra Isabella Lovin e a chanceler Ann Linde, ressaltou que a Suécia adotou uma série de medidas e está preparada para adotar mais se for necessário. 

 

As pessoas de mais de 70 anos e os grupos de risco receberam ordens de evitar o contato com outras pessoas, e as instituições de educação superior têm a recomendação de realizar as classes à distância. 

 

Também adotou medidas econômicas para reduzir o custo das licenças médicas, recomendou o teletrabalho e o isolamento ao menor sintoma do novo coronavírus.

 

Porém, os restaurantes e as escolas primárias continuam abertas, e o centro de Estocolmo, mesmo com menos pessoas do que o habitual, está longe de ser uma cidade fantasma.

 

Entre as medidas mais estritas, encontra-se a proibição das reuniões com mais de 50 pessoas e as visitas aos lares dos idosos. 

 

"Cada um é responsável por seu próprio bem-estar, dos seus vizinhos e de sua própria comunidade. Isso se aplica em uma situação normal e se aplica em tempos de crise", disse Linde, que insistiu que a confiança é a base da estratégia sueca. 

 

Saiba Mais

No entanto, nem todos pensam igual. Marcus Carlsson, um matemático da Universidade de Lund, acusou as autoridades de estarem fazendo uma "roleta russa com a população", em um vídeo publicado no YouTube, citado por jornais como o The Guardian.

 

Um estudo publicado na última semana na revista médica The Lancet, intitulado "COVID-19: Aprendendo com a experiência", dizia que "agora, a resposta lenta de países como o Reino Unido, Estados Unidos e a Suécia".

 

 

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