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Morrem no Peru 16 pessoas que beberam licor para prevenir coronavírus

A bebida foi vendida em um estabelecimento de reputação duvidosa, o local sofreu intervenção e os sintomas apresentados pelos falecidos eram de intoxicação

Correio Braziliense
postado em 03/04/2020 20:09

A bebida foi vendida em um estabelecimento de reputação duvidosa, o local sofreu intervenção e os sintomas apresentados pelos falecidos eram de intoxicaçãoAo menos 16 pessoas morreram em uma região andina do Peru após beberem um licor, aparentemente adulterado, com o propósito de evitar o contágio pelo novo coronavírus, noticiou nesta sexta-feira (3) a agência estatal Andina.

 

"Estes pacientes deram entrada no hospital Lircay desde 28 de março por consumir álcool (cana) para evitar a propagação e o contágio pelo coronavírus, uma ideia errônea que custou a vida a 16 pessoas", informou a Andina, citando funcionários de saúde da região de Huancavelica, 400 km a sudeste de Lima.

 

A Andina reportou que agentes da polícia "apreenderam as bebidas alcoólicas de procedência duvidosa" que intoxicaram pessoas de oito localidades de Huancavelica, a região com maior taxa de pobreza do Peru.

 

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"A bebida foi vendida em um estabelecimento de reputação duvidosa, o local sofreu intervenção e os sintomas apresentados pelos falecidos eram de intoxicação", acrescentou a agência, citando o governo regional.

 

Segundo um veículo de imprensa de Lima, os intoxicados eram de diferentes povoados e beberam "álcool adulterado" quando assistiram ao velório de um falecido dias atrás.

 

"Eles beberam licor adulterado que os levou à morte por intoxicação alcoólica, segundo os diagnósticos médicos", reportou o jornal El Comercio em sua edição digital.

 

"Todos deram entrada em centros de saúde apresentando os mesmos sintomas: vômitos, convulsões, respiração lenta, pele azulada. Outros familiares se encontram internados em estado crítico", acrescentou o jornal, que afitou que os mortos eram 21 ao invés dos 16 informados pela agência oficial.

 

No Peru vigora desde 16 de março um isolamento domiciliar em nível nacional e toque de recolher noturno para tentar frear o avanço da pandemia, que contagiou até agora 1.595 pessoas no país, com 61 mortes, segundo balanço oficial.

 

A Andina reportou que as autoridades de Huancavelica decidiram "redobrar as ações para o cumprimento do isolamento obrigatório. Também será sancionada a venda de álcool a vendedores e compradores". 

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