Mundo

Tubo de ensaio Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 04/04/2020 04:05
Segunda-feira, 30
Exercícios protegem o coração de diabéticos

Pessoas com diabetes podem melhorar as funções cardíacas se realizarem atividades físicas regularmente. E os benefícios da prática são maiores do que os obtidos com uma dieta de baixa caloria. As constatações são de pesquisadores do Centro de Pesquisa Biomédica NIHR Leicester, no Reino Unido, que acompanharam 87 voluntários com diabetes tipo 2 e idade entre 18 e 65 anos. Os participantes foram divididos em três grupos: seguiram cuidados de rotina, um treinamento aeróbico supervisionado ou um programa de redução de ingestão de calorias. Depois de 12 semanas, os integrantes que seguiram a primeira recomendação “melhoraram significativamente a função cardíaca” quando comparados aos demais. No artigo, divulgado na revista Diabetes Care, os autores reforçam que a insuficiência cardíaca é uma das complicações mais comuns em pessoas com a doença metabólica.



Terça-feira, 31 
Como humanos, golfinhos trabalham em equipe


Os golfinhos machos trabalham em equipe de forma parecida à dos humanos. Segundo um estudo publicado na Proceedings of the Royal Society B, esses animais conseguem coordenar os sinais vocais e os movimentos físicos para atuar em conjunto. Já se sabia que eles dependiam de movimentos síncronos para anunciar suas relações de aliança e manter os laços sociais. A constatação de que eles combinam esse comportamento com o  vocal é inédita e foi detectada nos famosos golfinhos de Shark Bay, na Austrália Ocidental. “Eles precisam trabalhar juntos para criar uma fêmea e defendê-la de alianças rivais (…) Esse comportamento síncrono e coordenado entre os machos aliados pode, portanto, promover um comportamento cooperativo e regular o estresse, como foi demonstrado em humanos”, afirmou Stephanie King, em comunicado, da Universidade de Bristol e uma das autoras do estudo.



Quarta-feira, 1º
Cérebro de macaco e características humanas
Os antepassados humanos da espécie Australopithecus afarensis, famosos pelos fósseis de Lucy e Dikika encontrados na Etiópia, tinham um cérebro organizado como o dos chimpanzés, mas prolongavam o crescimento cerebral como seres humanos. Isso significa que esses hominídeos que viveram há mais de 3 milhões de anos eram um mosaico de macacos e características humanas, uma marca da evolução. O estudo, liderado na Universidade de Chicago, também revelou que a espécie prolongava a infância, uma alternativa que permite aos humanos aprender e crescer. Os dados são resultados da análise de fósseis de oito crânios encontrados na mesma região africana. Considerados os ancestrais dos hominídeos, os Australopithecus afarensis andavam de pé, tinham cérebro 20% maior que o dos chimpanzés e podem ter usado ferramentas de pedra afiadas.



Quinta-feira, 2 
Poluição costeira reduz diversidade genética


A poluição e o excesso de atividade humana em áreas costeiras têm causado prejuízos genéticos aos recifes do Havaí. Segundo cientistas da Escola de Ciências e Tecnologias do Oceano e da Terra da Universidade do Havaí, os corais têm sofrido perda contínua de genótipos. O fenômeno compromete a diversidade genética e, consequentemente, reduz a resiliência desses ambientes marinhos. Áreas próximas às baías de Maunalua e Oahu estão entre as mais afetadas. As mais distantes da costa são as menos prejudicadas. “Os resultados (…) demonstram claramente a necessidade crítica de controlar as fontes locais de estresse imediatamente, ao mesmo tempo em que abordam as causas da mudança climática global”, ressaltou, em comunicado, Robert Richmond, coautor do estudo.
 
 
 
 
 
 

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