Os bolivianos repatriados chegaram de ônibus na fronteira, onde fizeram trâmites migratórios e passaram por controles de biossegurança, depois que suas bagagens foram desinfectadas. O ministro detalhou que o acampamento "Tata" Santiago, instalado nesta localidade fronteiriça, é de "primeiro nível", pois é equipado com barracas térmicas, cozinhas, serviços sanitários, consultório de saúde e laboratórios para testes para a COVID-19.
Na última hora de sexta-feira mudou-se a localização do acampamento para protegê-lo melhor dos fortes ventos que correm nesta região do altiplano andino, a 3.700 metros de altitude, e que provocam queda de temperatura a níveis abaixo de zero. López informou, ainda, que a administração do acampamento ficará a cargo de organismos internacionais, segundo o estabelecido por protocolos correspondentes.
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No entanto, a pressão interna e internacional, com intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), obrigou La Paz a flexibilizar sua posição. Por outro lado, López informou que a presidente interina, Jeanine Áñez, autorizou voos humanitários para bolivianos retidos em outros países, embora não tenha mencionado cifras, nem datas para a sua repatriação. Todos eles também terão que cumprir quarentena.
Antes do fechamento das fronteiras, mais de mil bolivianos retornaram por terra ao país a partir de Brasil e Chile, principalmente. A Bolívia soma 139 casos de coronavírus e dez falecidos.