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Coalizão dirigida por Riade no Iêmen anuncia cessar-fogo por coronavírus

A guerra no Iêmen enfrenta adversários locais, apoiados por potências regionais rivais

Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 18:02
A guerra no Iêmen enfrenta adversários locais, apoiados por potências regionais rivaisA coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que está intervindo no Iêmen em apoio às forças do governo, observará um cessar-fogo a partir de quinta-feira no país em guerra para impedir a propagação do novo coronavírus, informou uma autoridade saudita nesta quarta-feira. 

"Anunciamos um cessar-fogo [a partir de quinta-feira] por duas semanas. Esperamos que os houthis [rebeldes] aceitem. Abrimos o caminho para combater a doença de COVID-19" no Iêmen, disse a autoridade, acrescentando que a medida começará a ser aplicada na quinta-feira às 09:00 GMT. 

Os rebeldes houthis com o apoio do Irã não reagiram imediatamente à oferta. 

A coalizão disse que honrará seu compromisso com o cessar-fogo por duas semanas, mas se reserva o direito de se defender em caso de ataque, segundo a autoridade.

O cessar-fogo pode ser estendido se os houthis responderem "positivamente" à iniciativa da coalizão. 

Em 23 de março, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um "cessar-fogo imediato em todo o mundo" diante do COVID-19, que ameaça em particular os civis mais vulneráveis dos países em guerra. 

A guerra no Iêmen enfrenta adversários locais, apoiados por potências regionais rivais. 

O governo reconhecido pela comunidade internacional, apoiado desde 2015 por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, luta contra os houthis.

O Iêmen, que passa pela pior crise humanitária do planeta, também é o país mais pobre da península arábica e até agora não registrou nenhum caso de COVID-19. No entanto, organizações humanitárias temem uma catástrofe se o país for afetado pelo coronavírus. 

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