"Foi removido o casal de australianos de 59 e 60 anos, ambos com pneumonia e coronavírus", anunciou a Marinha no Twitter, juntamente com uma foto da lancha que realizou a operação.
O chanceler uruguaio, Ernesto Talvi, tuitou, em seguida, que "uma das pessoas está mais comprometida, mas o estado de saúde de ambas é estável". O porta-voz da Marinha, Diego Perona, assinalou que "a remoção imediata era para o homem", de 60 anos.
Com a operação de hoje, segundo Perona, já somam oito as pessoas retiradas do Greg Mortimer, transatlântico com bandeira das Bahamas operado pela empresa australiana Aurora Expeditions e ancorado a 20km do porto de Montevidéu com mais de 200 pessoas desde 27 de março.
Segundo a empresa, a bordo do navio há 128 casos confirmados de Covid-19, entre passageiros e tripulantes. A embarcação irá atracar na próxima sexta-feira no porto de Montevidéu, para a retirada dos passageiros que irão voar no dia seguinte para Melbourne, confirmaram hoje à AFP fontes da Chancelaria e da Marinha.
"A chegada do transatlântico está prevista para a tarde de sexta-feira. O objetivo é organizar um cordão sanitário até o Aeroporto de Carrasco", informou a Marinha uruguaia.
O avião médico que irá evacuar os passageiros australianos e neo-zelandeses chegará amanhã ao Uruguai, de onde partirá na madrugada de sábado, informaram fontes da Chancelaria.
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A chanceler da Austrália, Marise Payne, havia indicado hoje, em entrevista no rádio, que estava em contato permanente com o colega uruguaio devido à "situação muito difícil" do navio. "Estamos trabalhando muito de perto para tentar organizar um voo fretado o quanto antes e garantir que o maior número possível de australianos que estejam nesse navio possam voar", afirmou.
Ainda não está claro o que acontecerá com os europeus e americanos a bordo do transatlântico.