Correio Braziliense
postado em 08/04/2020 21:03
Quinhentos milhões de pessoas em todo o mundo podem cair na pobreza se planos de ajuda não forem adotados para os países mais desfavorecidos diante da pandemia de coronavírus, afirmou a Oxfam. Em um relatório intitulado "O preço da dignidade", a Oxfam observa que entre 6% e 8% da população mundial pode cair na pobreza, à medida que os governos paralisam a economia para controlar a propagação do vírus.
"Isso poderia constituir um recuo global de 10 anos na luta contra a pobreza e um recuo de 30 anos em regiões como a África Subsaariana, o Oriente Médio e o norte da África", porque mais da metade da população mundial poderia ficar abaixo da linha de pobreza como resultado da pandemia, informou a organização.
A Oxfam fez esse alerta antes das reuniões de abril do FMI, do Banco Mundial e dos ministros das Finanças do G20. Todas serão realizadas por videoconferência.
Os países mais pobres, sem sistemas de proteção social, serão os mais afetados, assim como as populações desfavorecidas, como as mulheres.
Saiba Mais
Também pede a suspensão de pagamentos de dívidas pelos países mais pobres este ano. Ele cita o exemplo de Gana, que poderia "fornecer vinte dólares por mês para cada uma das 16 milhões de crianças, deficientes e idosos do país por seis meses" se fosse liberado dos prazos de pagamento da dívida.
A Oxfam aconselha um aumento de pelo menos um bilhão de dólares em Direitos Especiais de Saques (DES) do Fundo Monetário Internacional (FMI) para ajudar os países mais pobres e aumentar a ajuda ao desenvolvimento aos países doadores. Também sugeriu a criação de impostos emergenciais de solidariedade, tributando lucros extraordinários, grandes fortunas, produtos financeiros especulativos e atividades que têm um impacto negativo no meio ambiente
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.