Mundo

ONU tenta pôr fim às desavenças

Correio Braziliense
postado em 10/04/2020 04:04

Foram semanas de desavenças e de tensão, especialmente entre os Estados Unidos e a China. Enfim, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu, ontem, para debater a pandemia do novo coronavírus. A primeira reunião a portas fechadas sobre o tema, feita por videoconferência para manter a distância social, começou às 18h (16h em Brasília), com a presença do secretário-geral, António Guterres.

Sob liderança da Alemanha, nove dos 10 membros não permanentes do Conselho solicitaram o encontro na semana passada, cansados da inação diante da crise global sem precedentes. De acordo com diplomatas, as dicussões caminharão na direção correta, e Washington não insiste mais que a ONU se refira ao coronavírus como originário da China, algo que irritou Pequim.

Dois textos foram colocados em pauta. O primeiro, defendido pela Tunísia em nome dos 10 membros não permanentes, pede uma “ação internacional urgente, coordenada e unida para conter o impacto da Covid-19” e insta os países em conflito a um cessar-fogo global imediato por razões humanitárias. O segundo rascunho, proposto pela França, mantém foco no apelo feito por Guterres, no mês passado, para acabar com as hostilidades em todo o mundo, como parte de uma “trégua humanitária” para combater a pandemia. A expectativa é de que esta versão não logre apoio de todos os membros não permanentes do Conselho de Segurança.

Os esforços para realizar a reunião foram prejudicados pela hospitalização do primeiro-ministro britânico Boris Johnson e pela relutância da China em participar sem antes definir uma agenda clara. Richard Gowen, especialista do International Crisis Group, observou que “é importante reconhecer que a principal força motriz por trás da cooperação dos dez membros não permanentes é o mau comportamento dos cinco membros permanentes (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia)”.
 
 
 
 


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