Mundo

Covid-19: Boris Jonhson deixa hospital após uma semana internado

Primeiro-ministro britânico continuará a recuperação em casa e não retomará imediatamente o trabalho

Correio Braziliense
postado em 12/04/2020 09:55

Boris JonhsonLondres, Reino Unido — O primeiro-ministro britânico Boris Johnson deixou, neste domingo (12/4), o hospital londrino onde estava internado há uma semana após ter sido infectado com o novo coronavírus, anunciou Downing Street.

 

"O primeiro-ministro foi liberado do hospital para continuar sua recuperação em Chequers", sua residência no noroeste de Londres, disse Downing Street em comunicado, acrescentando que "não retomará imediatamente o trabalho, sob orientação da equipe médica".

Johnson agradeceu ao serviço público de saúde, o NHS, por ter salvado sua vida. "Nunca agradecerei o suficiente, a equipe do NHS, devo a eles minha vida", disse Johnson, em primeira declaração oficial desde a segunda-feira passada, quando foi hospitalizado na unidade de terapia intensiva do Hospital St Thomas. 

 

Segundo a imprensa britânica, o líder conservador de 55 anos, que deixou os cuidados intensivos na quinta-feira, se distrai fazendo sudokus e assistindo a filmes, como a comédia romântica "Love Actually". A namorada Carrie Symonds, de 32 anos e que está grávida, enviou a ele uma cópia dos últimos ultrassons.

 

"O primeiro-ministro continua melhorando", declarou no sábado o ministro do Interior, Priti Patel, em entrevista coletiva. Johnson contraiu a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no final de março. No Reino Unido, a pandemia já causou 9.875 mortes. 


Descontentamento entre profissionais

O agradecimento público ocorre em um momento em que aumenta o descontentamento entre os profissionais da saúde, denunciando a falta de equipamentos de proteção.

A Associação Real de Enfermeiros (RCN), o maior sindicato do setor, aconselhou seus membros a se recusarem a trabalhar "como último recurso" no caso de uma grave falta de equipamentos de proteção.

 

"Para o pessoal de saúde, isso é contrário aos seus instintos. Mas a segurança não deve ser comprometida", explicou um porta-voz do sindicato à agência de notícias britânica PA.

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