Londres, Reino Unido — O primeiro-ministro britânico Boris Johnson deixou, neste domingo (12/4), o hospital londrino onde estava internado há uma semana após ter sido infectado com o novo coronavírus, anunciou Downing Street.
"O primeiro-ministro foi liberado do hospital para continuar sua recuperação em Chequers", sua residência no noroeste de Londres, disse Downing Street em comunicado, acrescentando que "não retomará imediatamente o trabalho, sob orientação da equipe médica".
Johnson agradeceu ao serviço público de saúde, o NHS, por ter salvado sua vida. "Nunca agradecerei o suficiente, a equipe do NHS, devo a eles minha vida", disse Johnson, em primeira declaração oficial desde a segunda-feira passada, quando foi hospitalizado na unidade de terapia intensiva do Hospital St Thomas.
Segundo a imprensa britânica, o líder conservador de 55 anos, que deixou os cuidados intensivos na quinta-feira, se distrai fazendo sudokus e assistindo a filmes, como a comédia romântica "Love Actually". A namorada Carrie Symonds, de 32 anos e que está grávida, enviou a ele uma cópia dos últimos ultrassons.
"O primeiro-ministro continua melhorando", declarou no sábado o ministro do Interior, Priti Patel, em entrevista coletiva. Johnson contraiu a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no final de março. No Reino Unido, a pandemia já causou 9.875 mortes.
Descontentamento entre profissionais
O agradecimento público ocorre em um momento em que aumenta o descontentamento entre os profissionais da saúde, denunciando a falta de equipamentos de proteção.
A Associação Real de Enfermeiros (RCN), o maior sindicato do setor, aconselhou seus membros a se recusarem a trabalhar "como último recurso" no caso de uma grave falta de equipamentos de proteção.
"Para o pessoal de saúde, isso é contrário aos seus instintos. Mas a segurança não deve ser comprometida", explicou um porta-voz do sindicato à agência de notícias britânica PA.
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