Correio Braziliense
postado em 15/04/2020 04:15
Trump suspende o financiamento à OMS
O presidente norte-americano, Donald Trump (foto), anunciou a suspensão da contribuição dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde (OMS), denunciando a “má gestão” da entidade na pandemia do novo coronavírus. “Hoje, determino a suspensão do financiamento da Organização Mundial da Saúde enquanto se realiza um estudo para examinar o papel da OMS na má gestão e no encobrimento da pandemia do coronavírus”, declarou o republicano. Os Estados Unidos aplicam anualmente entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões na OMS. “Se a OMS tivesse feito o seu trabalho de atrair especialistas médicos à China para objetivamente avaliar a situação no terreno e denunciasse a falta de transparência da China, a epidemia poderia ter sido contida com muito poucas mortes.”
Pequim fecha as portas
Pequim, capital da China, isolou-se do mundo com medidas drásticas por temer um novo foco de coronavírus procedente de outras regiões do país. Depois de controlar a pandemia, a China proibiu a entrada de estrangeiros em seu território pelo receio de “casos importados”, embora até agora estes tenham sido em sua maioria de cidadãos chineses. A capital do país deu, no entanto, um passo a mais, com uma quarentena obrigatória de 14 dias para as pessoas que chegam de outras regiões do país, inclusive as que apresentaram resultado negativo nos exames da Covid-19. Uma medida estrita, que não é aplicada em outras cidades. Mas Pequim não é uma cidade como as demais e abriga o centro do poder. O Partido Comunista Chinês adiou seu congresso anual previsto para março (chamado de “as duas sessões”) para garantir que os milhares de delegados não
tenham o risco de contágio.
Epidemia de desinformação
A pandemia de Covid-19 provocou uma “epidemia perigosa de desinformação”, denunciou o secretário-geral da ONU, António Guterres (foto), por nota, sem citar casos específicos, países ou veículos de mídia. Enquanto deveria ser tempo “da ciência e da solidariedade”, supostos conselhos de saúde são “prejudiciais”, “falsidades preenchem o ar”, “teorias da conspiração selvagens infectam a internet” e “o ódio se torna viral, estigmatiza as pessoas e grupos”, lamentou o chefe das Nações Unidas. “O mundo deve se unir contra esta doença”, afirmou, assegurando que a “vacina é a confiança” e “em primeiro lugar, confiança na ciência”. Ele também cumprimentou “jornalistas e outros que estão fazendo checagens de notícias e postagens falsas nas redes sociais”.
Chile fez exames em massa
O governo chileno começará a aplicar testes em massa a partir de sexta-feira para identificar pacientes assintomáticos de Covid-19 ou pessoas que, sem saber, foram infectadas pelo novo coronavírus. O Chile registrou 7.917 contágios e 92 mortes. O exame medirá a presença de anticorpos contra a doença e, aqueles que tiverem o resultado positivo poderão voltar a trabalhar ou estudar. “Está chegando uma nova fase. que é a identificação de pessoas que tiveram a doença e não apresentaram os sintomas”, disse o ministro da Saúde, Jaime Mañalich. “Essas pessoas estão imunizadas, não voltarão a adoecer e não infectarão outras”, acrescentou. Quase 1 milhão de testes foram adquiridos e sua aplicação deve começar por pessoas que trabalham com idosos, prisões ou locais onde a quarentena foi levantada.
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