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Centenas de manifestantes protestam contra confinamento na Pensilvânia

Existem mais de 33.000 casos confirmados no estado. Na última semana, o governador Tom Wolf divulgou um plano para reabrir gradualmente o comércio

Correio Braziliense
postado em 20/04/2020 16:44
Existem mais de 33.000 casos confirmados no estado. Na última semana, o governador Tom Wolf divulgou um plano para reabrir gradualmente o comércioCentenas de pessoas, incluindo vários legisladores e simpatizantes do presidente Donald Trump, se reuniram nesta segunda-feira (20) no estado da Pensilvânia para protestar contra as medidas de confinamento implementadas para limitar o contágio do coronavírus.

A "convenção de patriotas" que se reuniu na capital estatal, Harrisburg, acontece em outros locais dos EUA, como Michigan, Califórnia e Ohio. 

Os manifestantes dizem que as ordens dos governos estaduais e municipais de limitar a disseminação da COVID-19, que matou mais de 40.000 pessoas nos Estados Unidos, restringem as liberdades individuais e prejudicam a economia. 

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Com veículos pintados com frases como "Trabalho, não auxílio emergencial" e "Quarentena não é liberdade!", eles passearam por Harrisburg, enquanto representantes republicanos aplaudiam os manifestantes diante do Congresso, nos degraus da sede do legislativo estadual. 

"Nossa nova normalidade não significa que devemos sacrificar nossas liberdades pela segurança de nosso país", disse o representante Aaron Bernstine em discurso, enquanto as pessoas gritavam "E-U-A!". 

"Não é normal receber ajuda do governo para pagar nossas contas", disse ele. 

O governo federal americano recentemente começou a fazer pagamentos de até US$ 1.200 para algumas famílias, com adicionais para crianças. A pandemia de coronavírus deixou mais de 22 milhões de americanos desempregados. 

Entre os manifestantes estavam três irmãos que são ativistas conservadores a favor do porte de armas, que protestavam contra a quarentena em todo o país. 

Faltando apenas alguns meses para a eleição em novembro, Trump está ansioso para reanimar a economia. Mas os governadores expressam frustração por não haver testes suficientes para a COVID-19 para que se possa reabrir negócios com segurança. 

Embora os protestos contra a quarentena tenham recebido a atenção da mídia, mais de 80% dos americanos aprovam o confinamento em casa, de acordo com uma pesquisa recente da Universidade Quinnipiac. 

Segundo a pesquisa, quase 70% dos republicanos e 95% dos democratas são a favor dessa medida. 

Mas o protesto em Harrisburg nesta segunda-feira também mostra o desespero de muitos americanos que estão trancados em casa. 

Tom Ryan, um contador que usava um boné de beisebol Trump, viajou de Pittsburgh à capital da Pensilvânia para a manifestação. 

"Não se pode fechar tudo porque temos um problema de saúde", disse ele à AFP. "Temos que ver como equilibrar as coisas." 

Mais de 1.200 pessoas na Pensilvânia, que tem 12,8 milhões de habitantes, morreram por causa do novo coronavírus. 

Existem mais de 33.000 casos confirmados no estado. Na última semana, o governador Tom Wolf divulgou um plano para reabrir gradualmente o comércio, sob condição de "um alto número de testes"

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