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Correio Braziliense
postado em 21/04/2020 04:05
Em vez de máscara, oração
Um dos poucos líderes políticos a minimizar os efeitos da pandemia, o  presidente da Tanzânia, John Magufuli, pediu a seus concidadãos que, em vez de se preocuparem com medidas preventivas, se comprometam com Deus e mantenham a economia do país funcionando. “É hora de consolidar nossa fé e seguir orando a Deus, em vez de colocar máscaras no rosto. Não deixem de rezar em igrejas e mesquitas”, declarou. O país com quase 60 milhões de habitantes adotou medidas mais brandas de isolamento, diferentemente da maioria das nações africanas. As escolas estão fechadas, mas terminais de ônibus e mercados, não. Dessa forma, aglomerações de pessoas são cenas comuns. O país, que terá eleições neste ano, tem o turismo como uma das principais fontes de renda. O fluxo de visitantes, porém, foi interrompido.



20%
É o aumento no número de consultas por intoxicação decorrente da ingestão de produtos de limpeza e desinfetantes, em particular água sanitária e álcool em gel, nos Estados Unidos durante a pandemia. Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC), 40% dos atendimentos são de crianças com menos 5 anos.



China rejeita acusações
A China reagiu ao pedido da Austrália de uma investigação independente sobre como Pequim administrou o surto de Covid-19. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, a solicitação desmerece “os enormes esforços e sacrifícios do povo chinês” para impedir a propagação do vírus. O representante chinês também rejeitou qualquer “questionamento sobre a transparência (…) na prevenção e controle da situação epidêmica”. Seguindo o discurso dos EUA e vários aliados, a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, afirmou, no domingo, que as relações entre os países mudarão “de alguma forma” e ressaltou a necessidade de se identificar “tudo o que precisamos saber sobre a gênese do vírus, as abordagens para seu gerenciamento e que seja estabelecida uma transparência sobre essas informações”.


Óbitos voltam a subir no Irã
Ao mesmo tempo em que retoma as atividades econômicas, o Irã enfrenta, há dois dias consecutivos, o aumento do número de mortes em decorrência do coronavírus. Em seu informe exibido, ontem, na tevê, o porta-voz do Ministério da Saúde, Kianuche Jahanpur, ressaltou a importância de as pessoas não “baixarem a guarda”. “À medida que as empresas retomam seu trabalho e que aumenta a circulação de pessoas, o respeito aos protocolos de saúde e às regras de distanciamento é mais necessário do que nunca”, justificou. Segundo o porta-voz, a propagação da doença continua caindo, com 1.294 novos infectados de domingo ao meio-dia de ontem. Oficialmente, são 83.505 casos desde fevereiro, com 5.209 mortes. Os números, porém, despertam dúvidas no exterior e também dentro do país, onde alguns funcionários denunciam que os registros estão subestimados.




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