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Chefe da Guarda iraniana promete 'resposta decisiva' às ameaças dos EUA

A tensão aumentou entre o Irã e os EUA uma semana após um novo incidente nas águas do Golfo entre embarcações da Marinha americana e patrulhas das forças navais da Guarda Revolucionária

Correio Braziliense
postado em 23/04/2020 11:32
Esta foto da Marinha dos EUA mostra embarcações da Guarda Revolucionária Islâmica Iraniana (IRGCN) realizando ações inseguras e não profissionais contra o destróier de mísseis guiados USS Paul Hamilton (DDG 60) e outros navios militares dos EUA cruzando os arcos dos navios e popas a curta distância enquanto operava em águas internacionais do Golfo do Norte em 15 de abril de 2020.O chefe da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irã, prometeu nesta quinta-feira (23/4) uma "resposta decisiva" aos Estados Unidos, se as ameaças do presidente Donald Trump de "destruir" embarcações iranianas no Golfo forem cumpridas.

"Declaramos aos americanos que somos absolutamente determinados e sérios (...) e que qualquer ação será recebida com uma resposta decisiva, eficaz e rápida", disse o major-general Hossein Salami na televisão estatal. 

"Também ordenamos que nossas unidades navais mirem (navios e forças americanas), se tentarem colocar em risco a segurança de nosso navios, ou de embarcações de guerra", acrescentou Salami.

A tensão aumentou entre a República Islâmica e Washington uma semana após um novo incidente nas águas do Golfo entre embarcações da Marinha americana e patrulhas das forças navais da Guarda Revolucionária.

Na quarta-feira, quando a Guarda iraniana anunciava o lançamento bem-sucedido de um primeiro satélite militar, Trump escreveu no Twitter que ordenou que a Marinha dos Estados Unidos destruísse qualquer embarcação iraniana que assediasse navios americanos no mar.

Salami disse que o incidente, na semana passada, foi resultado de um "comportamento não profissional e perigoso por parte dos americanos no Golfo Pérsico".

O comandante também afirmou que as ações americanas nessa região foram atrapalhadas pela epidemia do novo coronavírus.

"Durante o incidente da semana passada, constatamos agitação operacional e desordem entre as unidades navais americanas", disse.

Segundo ele, isso indica que "o comando e o controle de suas unidades militares podem ter sido enfraquecidos pelo (...) coronavírus".

Irã e Estados Unidos estão entre os países mais afetados pela pandemia de Covid-19.

Segundo dados do Pentágono, várias centenas de casos foram identificados na Marinha americana, muitos dos quais (mais de 400) no porta-aviões "USS Theodore Roosevelt", imobilizado em Guam, uma ilha americana no Pacífico.

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