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O mundo deveria ter escutado a OMS, diz seu diretor-geral

Enquanto a OMS é criticada pelos Estados Unidos pela demora de sua reação à COVID-19, seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu, mais uma vez, sua ação

Correio Braziliense
postado em 27/04/2020 17:08
Enquanto a OMS é criticada pelos Estados Unidos pela demora de sua reação à COVID-19, seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu, mais uma vez, sua açãoO mundo "deveria ter escutado" a Organização Mundial da Saúde (OMS) quando alertou sobre o novo coronavírus no final de janeiro, disse seu chefe nesta segunda-feira(27), enfatizando que a instituição não pode obrigar os países a seguir suas recomendações. 

Enquanto a OMS é criticada pelos Estados Unidos pela demora de sua reação à COVID-19, seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu, mais uma vez, sua ação.

Questionado sobre a política de desconfinamento, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro antes do pico da pandemia no Brasil, Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que a OMS "não tem autoridade para obrigar os países a seguir suas recomendações". 

"O mundo deveria ter ouvido atentamente a OMS porque a emergência global começou em 30 de janeiro", com 82 casos e nenhuma morte fora da China, declarou à imprensa em Genebra.

"E aconselhamos a todos que adotassem um amplo enfoque na saúde pública. Dissemos que os casos deveriam ser procurados, testados, isolados, assim como seus contatos. Os países que seguiram o conselho estão em uma posição melhor do que outros, é um fato", afirmou. 

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"Cada país poderia ter implementado todas essas medidas possíveis. Acho que é suficiente para mostrar a importância de ouvir os conselhos da OMS", insistiu.

A pandemia do novo coronavírus matou mais de 207.000 pessoas em todo o mundo desde seu aparecimento na China em dezembro, segundo um balanço da AFP com fontes oficiais. 

Washington, que acusa a OMS de administrar mal a pandemia e atrasar os alertar para não ofender Pequim, suspendeu sua contribuição financeira à organização.

Diante dessas críticas, o chefe da OMS defendeu repetidamente a organização e, nesta segunda-feira, reforçou que vai "garantir a continuidade das recomendações baseadas em ciência e evidências. Caberá aos países segui-las ou não".

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