Mundo

Curtas

Correio Braziliense
postado em 29/04/2020 04:05
Decisão: conviver com o vírus
Na Europa, em países com redução no número de contágios, governos avaliam planos para retomar a normalidade gradativamente. Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez anunciou que o rígido confinamento em vigor desde 14 de março será gradualmente flexibilizado, em um processo lento. “No fim de junho, estaríamos como um país nessa nova normalidade, se a evolução da epidemia for controlada em cada um dos territórios”, disse Sánchez, que explicou que a desescalada durará entre seis e oito semanas, em que se flexibilizarão a saída das pessoas de casa, a abertura de lojas e hotéis e as atividades de lazer. Na França, o primeiro-ministro Edouard Philippe anunciou a reabertura de todas as lojas, exceto restaurantes e cafés, a partir de 11 de maio, e o uso obrigatório de máscaras nos transportes públicos, em um relaxamento do confinamento imposto desde em 17 de março. “Teremos que conviver com o vírus”, disse Philippe. Grandes museus, como o Louvre, cinemas, teatros e salas de concerto permanecerão fechados até novo aviso.
 
 
De volta à praia na Austrália
Centenas de surfistas lotaram a famosa Bondi Beach em Sydney, depois que a Austrália começou a suavizar as restrições impostas para conter a propagação do novo coronavírus. Com as pranchas debaixo do braço, dezenas de surfistas pularam na água antes mesmo da abertura oficial da praia, às 7h locais (18h de segunda-feira em Brasília), cinco semanas depois de as autoridades terem fechado o acesso. Outros, mais disciplinados, esperaram pacientemente e aplaudiram os funcionários municipais que abriram as barreiras de acesso à água. Muitos mergulharam no mar. Ninguém ficou na areia. No momento, continua sendo proibido entrar na área para tomar banho de sol, ou praticar esportes, de acordo com as medidas de distanciamento social. Faixas, nas quais se lê “surf and go” (“surfe e vá embora”), convidam os visitantes a deixarem a praia logo depois de entrarem nas ondas.
 
 
“Atraso” de seis semanas
A América Latina está como a “Europa há seis semanas” em relação ao avanço da doença. O alerta partiu do vice-diretor da Organização Panamericana de Saúde (Opas), Jarbas Barbosa (foto), ao admitir a tendência de aumento no númeo de infecções na próxima semana. Barbosa indicou que “o que se pode esperar para as próximas semanas é o crescimento do número de casos”, em um momento em que há cerca de 8,9 mil mortes na região pelo coronavírus e mais de 176 mil casos confirmados, segundo um balanço da agência France-Presse que não inclui Estados Unidos nem Canadá. “Por isso, é importante que os Ministérios da Saúde dos governos sigam com as medidas de distanciamento sem baixar a guarda”, acrescentou Barbosa.

1 milhão de casos nos EUA
Os Estados Unidos ultrapassaram ontem a marca de 1 milhão de casos de infecção pelo novo coronavírus (até as 20h, eram 1.003.328). A pandemia matou pelo menos 57.533 no país, incluindo 17.628 na cidade de Nova York. Uma reportagem do The Washington Post divulgou que o presidente Donald Trump recebeu advertências em várias ocasiões sobre os perigos da Covid-19 em janeiro e em fevereiro passado. 

China denuncia “mentiras”
Pequim acusou os políticos americanos de “contarem mentiras descaradas” sobre a pandemia, depois que o presidente Donald Trump ameaçou pedir indenização à China pelos danos provocados. “As autoridades americanas ignoraram a verdade em várias ocasiões e proferiram mentiras descaradas”, afirmou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.
 
 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags