Correio Braziliense
postado em 30/04/2020 21:02

Perguntado se ele tinha visto algo dando a ele um alto grau de confiança de que o Instituto Wuhan de Virologia era a origem do surto, Trump respondeu: "Sim, eu vi".
O republicano reclama cada vez mais sobre a forma como Pequim lidou com o surto de pandemia, uma questão importante para sua campanha de reeleição em novembro.
Ele disse a repórteres na Casa Branca que as agências americanas estavam investigando como o vírus surgiu pela primeira vez e o que a China havia feito para impedir que o vírus se espalhasse pelo resto do mundo.
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Mesmo com a questão sendo investigada, Trump disse que já tem suspeitas. "Eles poderiam ter contido", afirmou, atacando a China por não cancelar voos internacionais para fora do país a tempo.
Várias teorias circulam sobre como o vírus apareceu em Wuhan, incluindo o seu surgimento em um mercado que vende animais vivos ou acidentalmente do laboratório de pesquisa de Wuhan.
A inteligência dos EUA disse nesta quinta-feira que concluiu que o novo coronavírus se originou na China, mas não foi fabricado nem manipulado pelo humanos.
Pressionado por repórteres na Casa Branca sobre detalhes que o fazem ter tanta certeza, Trump respondeu: "Não posso lhe contar isso".
Independentemente da culpa pela pandemia, Trump trava uma guerra de narrativa com Pequim, afirmando novamente na quinta-feira que "a China não quer que eu seja reeleito".
A atenção agora está voltada para o que Trump fará em termos de ameaça de retaliação.
A nova tensão ocorre apenas alguns meses após os EUA e a China terem estabelecido uma trégua guerra comercial que vinha agitando os mercados mundiais.
Até agora, Trump tem sido bastante vago sobre quais medidas poderia tomar, mas tarifas, disse ele, são uma possibilidade.
Questionado sobre um possível cancelamento as obrigações da dívida dos EUA com a China em decorrência das origens do coronavírus, Trump disse que "pode-se fazer isso de forma diferente" e agir "de um modo um pouco mais direto".
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