A Justiça peruana autorizou, ontem, a libertação, mediante pagamento de fiança, da líder da oposição Keiko Fujimori. A filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) passou os últimos três meses em prisão preventiva, por suposto envolvimento no escândalo de corrupção da Odebrecht.
A decisão foi anunciada em uma rede social: “A Segunda Câmara Nacional de Apelações Criminais Especializada em Crimes Organizados impõe um mandato restritivo a Keiko Fujimori Higuchi, mediante o pagamento de uma garantia econômica de 70 mil soles (cerca de R$ 100 mil) em cinco dias úteis.”
Duas vezes candidata à Presidência, Keiko havia solicitado recentemente a soltura devido ao risco de contrair o Sars-CoV-2 na prisão de Chorrillos, em Lima, onde está detida desde 29 de janeiro. Mas a libertação foi decidida no julgamento de um recurso anterior. Ela vai continuar sendo investigada pelo Ministério Público.
Além de Keiko Fujimori, 44 anos, mãe de duas filhas, o escândalo de pagamentos ilegais da Odebrecht a políticos peruanos se espalhou para quatro ex-presidentes e dezenas de autoridades de vários governos.
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