Mundo

Premier da Nova Zelândia, a mais bem-avaliada

Correio Braziliense
postado em 03/05/2020 04:14
Jacinda Ardern recebeu nota 7,8, numa escala de zero a 10 da pesquisa


Os cidadãos dos países europeus mais afetados pela pandemia da Covid-19 são os mais pessimistas e menos satisfeitos com a ação de seus governos para enfrentar a crise sanitária, segundo uma pesquisa internacional divulgada ontem.

Entre os habitantes de sete países ouvidos pelo Instituto Ipsos para um centro de pesquisa política francês, o Cevipof, e parceiros internacionais, os franceses, britânicos e italianos são os que pior classificam seus dirigentes e se mostram mais pessimistas. O mais mal-avaliado é o presidente francês, Emmanuel Macron, cuja gestão não satisfaz a 42% dos franceses e que recebeu nota 4,1 (em uma escala de 0 a 10).

No topo da classificação está a premier da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que recebeu nota 7,8 e apenas 7% de descontentes. Ela é seguida pelo chefe de governo da Áustria, Sebastian Kurz, que teve nota 6,8 (11% de insatisfeitos), e pela chanceler alemã, Angela Merkel, com 6 (20% de insatisfeitos).

É também na França onde a gestão da crise pelo governo tem a taxa mais elevada de insatisfeitos (62%), contra 9% na Nova Zelândia. Itália, 45% “não satisfeitos”; Reino Unido, 39%; Suécia, onde não houve confinamento, 30%.

À pergunta “o seu governo lidou melhor com a crise do que a maioria dos países?”, um total de 43% dos franceses respondeu que não, e 12% concordaram. Na Nova Zelândia, 3% disseram “não”, e 85%, “sim”.

Pessimismo

O índice de pessimismo em relação ao futuro do país é inversamente proporcional à confiança nos dirigentes: 43% na França se dizem pessimistas (12% otimistas) e 6% na Nova Zelândia. (Itália 34%, Reino Unido, 29%). Qualquer que seja o nível de otimismo, a grande maioria dos entrevistados acredita que as consequências da pandemia são graves tanto para a saúde quanto para a economia.

Alemães, franceses, italianos e austríacos também foram questionados sobre seu grau de satisfação frente à forma como a União Europeia (UE) lidou com a crise do novo coronavírus. Mesmo na Alemanha, onde se registrou a maior proporção de satisfeitos (25%), a nota da UE em uma escala de zero a 10 foi 4,8. Caiu para 3,2 na Itália, país mais severo com a UE (8% satisfeitos; 51%, descontentes).

As pesquisas foram feitas em sete países (França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Áustria, Suécia e Nova Zelândia), entre 16 e 24 de abril, com amostras representativas de cerca de mil pessoas ou mais em cada nação, entrevistadas remotamente por meio do Access Panel da Ipsos.



Batalha vencida
Na segunda-feira, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou que o país conseguiu vencer uma importante batalha contra o novo coronavírus, ao não registrar mais casos de contágios locais. “Não há transmissão (do vírus) generalizada e não detectada na Nova Zelândia”, declarou. “Vencemos essa batalha”, celebrou, após cinco semanas de restrições. Por isso, o alerta foi reduzido em um nível, do máximo de 4 em que se encontrava. Algumas empresas, os estabelecimentos que entregam comida e as escolas foram autorizadas a reabrir as portas. Ardern, no entanto, recordou que não existia nenhuma certeza sobre o momento em que o risco desaparecerá por completo.
 
 
 
 



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