"Há uma enorme quantidade de provas de que foi ali que começou", disse a rede ABC, sem comentar se acredita que o vírus tenha sido solto intencionalmente.
O Instituto de Virologia de Wuhan afirma ser impossível que a pandemia tenha surgido a partir de uma falha em suas instalações. Apesar de ser um grande crítico da atuação da China no começo da pandemia, Pompeo não disse se acha que o vírus foi liberado intencionalmente.
O presidente Donald Trump criticou, em diferentes ocasiões, o papel do gigante asiático na pandemia, que infectou quase 3,5 milhões de pessoas e matou mais de 240.000 em todo mundo.
Segundo Trump, Pequim reteve informações importantes sobre o surto, exigindo que o governo chinês seja considerado "responsável".
A imprensa americana diz que Trump encomendou espiões para investigar as origens do vírus.
As primeiras versões colocam o início da pandemia em um mercado de Wuhan que vende animais exóticos, como morcegos, mas Washington agora diz que a epidemia se originou em um laboratório de pesquisa de vírus nas proximidades.
Pompeo, ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), declarou à ABC que concordou com uma declaração da Inteligência americana na quinta-feira, que disse concordar "com o amplo consenso científico que o vírus da COVID-19 não foi criado pelo homem, nem geneticamente modificado".
Ele foi além de Trump, porém, citando "enormes" evidências de que o vírus se espalhou do laboratório de Wuhan.
"Acho que todos podem ver isso agora. Lembre-se: a China tem uma história de infectar o mundo administrar laboratórios de baixa qualidade", afirmou Pompeo.
O chefe da diplomacia disse que a China tentou, inicialmente, minimizar o coronavírus com "um esforço clássico de desinformação comunista (e) que criou um risco enorme".
"O presidente Trump é muito claro: faremos os responsáveis prestarem contas disso", concluiu.
As declarações de Pompeo são feitas no momento em que o jornal australiano "The Saturday Telegraph" informa que a China suprimiu ou destruiu deliberadamente provas sobre o surto, em um "ataque à transparência internacional" que custou dezenas de milhares de vidas.
O relatório cita um dossiê de 15 páginas sobre o contágio da Covid-19 preparado pelas Five Eyes, agências de inteligência de Estados Unidos, Austrália, Grã-Bretanha, Canadá e Nova Zelândia.
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