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Trump: vacina até o fim do ano

Presidente diz estar confiante de que os Estados Unidos terão a imunização ainda em 2020. Declaração marca a retomada da campanha eleitoral dele, interrompida devido à pandemia da Covid-19. País supera os 67.600 mortos pela doença. Casos são mais de 1,15 milhão

Correio Braziliense
postado em 04/05/2020 04:14
Trump dá entrevista no Lincoln Memorial: ele afirmou que pedirá reabertura de escolas em setembro


O presidente Donald Trump disse, ontem, que os Estados Unidos terão uma vacina contra o coronavírus até o fim deste ano. A declaração foi feita em um programa da Fox News transmitido do Lincoln Memorial, em Washington, D.C. A entrevista marcou a retomada da campanha eleitoral do chefe de Estado, suspensa devido à crise da Covid-19. Ele afirmou, também, que pedirá a reabertura de escolas e universidades em setembro: “Eu as quero de volta”.

A previsão da vacina é discutida enquanto os Estados Unidos e outros países correm para ser o primeiro a descobrir uma maneira de prevenir a Covid-19. Trump admitiu que ficará feliz mesmo que outra nação passe à frente dos pesquisadores americanos na descoberta da imunização. “Se for outro país, vou tirar meu chapéu. Eu não me importo, só quero receber uma vacina que funcione”, ressaltou.

Questionado sobre os riscos durante os testes em seres humanos, em um processo de pesquisa que está sendo muito mais rápido do que o comum, Trump disse que “eles são voluntários, sabem no que estão se metendo”. O presidente pareceu reconhecer que se antecipou a seus conselheiros na previsão da vacina. “Os médicos dirão ‘você não deveria dizer isso’, mas vou dizer o que penso”, frisou.

As novas mortes por coronavírus nos Estados Unidos aumentaram em 1.450 nas últimas 24 horas, segundo um relatório da Universidade Johns Hopkins de ontem, elevando o número total de óbitos para mais de 67.600. A universidade de Baltimore registrou mais de 1,15 milhão de casos no país às 20h30 (horário local) de ontem, com 67.674 mortes. A nação tem, de longe, o maior número no mundo no contexto de pandemia global.

Corrida 

Centenas de trabalhos de pesquisa estão em andamento em todo o mundo para encontrar uma vacina, a única maneira possível de retornar ao “normal”, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Os líderes europeus, por exemplo, apoiaram a iniciativa de Bruxelas de arrecadar 7,5 bilhões de euros com o objetivo de descobrir uma forma de imunização. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esboçou, na sexta-feira, o plano de captação de recursos para pesquisas científicas para combater a Covid-19. Uma conferência on-line sobre o assunto será realizada hoje.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte; o presidente francês, Emmanuel Macron; e a chanceler alemã, Angela Merkel, apoiaram a iniciativa em uma carta aberta publicada nos jornais neste fim de semana. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, também assinaram a carta, na qual os líderes expressaram seu apoio à Organização Mundial da Saúde, que os Estados Unidos têm criticado fortemente por sua gestão de crises.

Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Noruega, Arábia Saudita e a Comissão Europeia sediarão a conferência juntos, que faz parte de uma campanha internacional de vários meses para arrecadar fundos, antes da Cúpula Mundial de Vacinas, em 4 de junho.



“Se for outro país, vou tirar meu chapéu. Eu não me importo, só quero receber uma vacina que funcione”
Donald Trump, presidente dos EUA
 
 
 
 

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